Rui Car
30/03/2023 10h42

Confira versão de vereador acusado de matar empresário após briga política em Dona Emma

Aposta envolvendo resultado das eleições teria motivado ataque

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Valdir Siqueira (esq.) e Luciano Mafassoli (Foto: Câmara de Vereadores de Dona Emma / Facebook)

Valdir Siqueira (esq.) e Luciano Mafassoli (Foto: Câmara de Vereadores de Dona Emma / Facebook)

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O caso que denuncia Valdir Siqueira, vereador do PMDB de Dona Emma, pela morte do empresário Luciano Mafassoli está em fase de alegações finais no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Luciano, 47, foi morto em 5 de novembro, após uma briga envolvendo o resultado das eleições.

 

Valdir teria cobrado uma aposta de R$ 5 mil que venceu após a vitória do presidente Lula. Uma discussão evoluiu para uma briga física, que acabou com o esfaqueamento de Luciano. De acordo com a denúncia, o vereador também teria tentado matar outros dois homens que estavam no estabelecimento.

 

Versão da defesa

 

O advogado Franklin Assis, que atua na defesa de Valdir, afirma que o relato do vereador é diferente do narrado pelo MPSC. Em sua versão, o vereador estaria se preparando para matar porcos com os amigos quando Luciano apareceu e iniciou a briga.

 

O amigos de Luciano, que seriam as vítimas da tentativa de homicídio, teriam agredido Valdir. Na tentativa de escapar da briga, ele teria sido perseguido e enforcado. Foi então que ele teria pegado a faca, ambos teriam caído e Luciano teria sido atingido.

 

Entretanto, o relato do MPSC narra três golpes de faca. Uma audiência foi realizada em fevereiro para ouvir as vítimas e as testemunhas de defesa e acusação. Valdir também foi interrogado na data.

 

Muitos devem estar se perguntando: mas ele não está foragido? Sim, ele está com um mandado de prisão em aberto e os seus esclarecimentos foram feitos através de videochamada”, explica Assis.

 

A defesa também formulou um pedido para que ele aguarde o julgamento em liberdade. O MP-SC já se manifestou contrário ao pedido. Ainda não foi determinado se Valdir será julgado pelo Tribunal do Júri, que deve determinar se houve legítima defesa.

 

Fonte: O Município
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