Em um desdobramento inesperado, um projeto de lei proposto na Câmara de Vereadores de Blumenau, que parecia ser trivial, gerou uma polêmica enorme e resultou em um recuo de seu autor, o vereador Maurício Goll (PSDB), e uma promessa de veto antecipado do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos). A proposta em questão era a criação do Dia Sem Carne no município, com o objetivo de reduzir o consumo de carne em favor da saúde. As informações são do colunista Evandro de Assis ao NSC Total.
Inicialmente, Maurício Goll propôs que todas as segundas-feiras fossem designadas como Dia Sem Carne no calendário oficial da cidade. O projeto não estabelecia nenhuma obrigação legal, mas serviria para gerar discussões sobre os riscos do consumo excessivo de carne, tanto para a saúde quanto para o meio ambiente.
Apesar de ter passado sem incidentes pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 30 de maio, o projeto encontrou resistência inesperada em grupos de WhatsApp, onde o assunto se tornou um tópico quente de debate. Oposição veio de apreciadores de churrasco e proprietários de restaurantes.
Em resposta à polêmica, Goll propôs uma emenda para limitar o Dia Sem Carne às segundas-feiras de outubro. No entanto, isso apenas acendeu novas chamas de controvérsia, com questionamentos sobre a possibilidade de Blumenau renunciar ao salsichão na Oktoberfest.
Na terça-feira (4), o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) anunciou que vetará o projeto caso seja aprovado pela Câmara. “O projeto não obrigava a nada, ficaria a critério de cada um, e as pessoas acabaram interpretando de forma errada”, lamentou Goll.
Goll, que é vice-presidente da Câmara e alinhado à base governista, anunciou que irá retirar o projeto na sessão de terça-feira, pondo um fim ao tumultuado episódio.
Fonte: Camila Diel / Visor Notícias