Foto: Globo Rural / Divulgação
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Dados divulgados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por indicar a variação do custo dos alimentos e o índice da inflação no país, revelou que o preço da carne bovina subiu 35% nos últimos 12 meses. Diante do aumento expressivo, o brasileiro precisou alterar o cardápio e substituir a proteína por ovos.
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Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a expectativa é de aumento no consumo de ovos até o final de 2021. Para o professor de economia do Insper, Roberto Dumas, a alta é reflexo da valorização do dólar, que elevou os custos da criação do gado e tornou mais vantajoso para os frigoríficos exportar a carne.
“A cadeia produtiva da proteína animal subiu. A soja e o farelo de soja, que acabam fazendo a ração e os fertilizantes […] a China crescendo as altitudes de cruzeiro. Então, ela acaba importando a nossa carne e isso faz subir o preço no mercado internacional”, afirmou em entrevista ao SBT.
O aposentado Jorge Aparecido Rodrigues tem contribuído para a alta no consumo da proteína. Ele explica que no início do ano comprava uma dúzia de ovos por semana, mas que após o aumento de preços, leva uma bandeja com 20 unidades. “A carne já não dá para comprar mais, né? A alternativa é o ovo”.
Além dos pontos mencionados pelo economista, a crise econômica e o aumento do desemprego no país, contribuem com o cenário. “Todas essas questões acabam afetando a renda do trabalhador, que precisa substituir a carne bovina pelo frango ou pelos ovos”, reforça Dumas.
A mudança no comportamento do consumidor também é observada pelos comerciantes. Segundo o feirante Roger Amâncio, a venda da proteína em sua banca aumentou. “Muitas vezes as pessoas vão ao supermercado e percebem que a carne vermelha e a branca tiveram um aumento muito grande com relação ao ovo. Então, é uma boa opção”.
