Um problema que vinha preocupando os proprietários de caçambas do Brasil inteiro foi solucionado, após uma reunião em Brasília. A suspensão da resolução 563, por um ano, foi publicada nesta quinta-feira (10) no Diário Oficial da União. Uma determinação do Contran que estava em vigor desde janeiro obrigava que proprietários desses veículos adaptassem um sistema de segurança que dificultava que a caçamba erguesse, porém em Santa Catarina, por exemplo, os empresários estavam encontrando dificuldade para encontrar quem fizesse a adaptação, além dos altos custos. Em um veículo que tem valor de mercado de aproximadamente R$ 12 mil, o proprietário gastaria entre R$ 3 mil e R$ 5 mil para a regularização. As caçambas novas saem de fábrica com o sistema.
Na semana passada, o deputado estadual Patrício Destro (PSB) intermediou uma reunião com o presidente, Maurício Alves, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em Brasília, o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) Claudio Conz, o presidente da Federação das Associações dos Comerciantes de Materiais de Construção de Santa Catarina (Fecomac) Antenor Novakoski e o advogado da Acomac Joinville Dr. Osny Munhoz.
Durante o encontro o parlamentar explicou aos representantes de Brasília que os proprietários de caçamba não haviam sido informados sobre o início da vigência da legislação e por isso estavam sendo surpreendidos quando procuravam o Detran para renovar a documentação. “Nós também conseguimos levantar que no Brasil, em 20 anos, foram registrados apenas 11 acidentes em que a caçamba acabou levantando em local inapropriado”, contou o deputado.
A orientação para os empresários joinvilenses que não conseguiram retirar o documento novo é que procurem a Acomac Joinville para pegar a cópia da suspensão da resolução e sejam orientados sobre como proceder.
“Não tenho dúvidas que tivemos uma importante vitória. Muitos desses proprietários têm apenas um veículo e usam para sustentar a família, imagina o quanto eles teriam que trabalhar a mais para arrecadar o valor do investimento que pode chegar a um terço do valor total da caçamba? Ainda tendo que enfrentar a dificuldade de encontrar uma empresa que realizasse a alteração”, afirmou Destro.
Quem não conseguia a renovação dos documentos deixava de usar aquele veículo ou estava trabalhando correndo o risco de ser autuado pelos órgãos de fiscalização.
O presidente da Acomac Joinville, Rudi Soares, agradeceu o empenho do deputado Patrício e reconheceu “o bom senso das autoridades federais em entender o momento difícil que o país vive e suspender a resolução”.
Um grupo de trabalho será montado em Brasília para estudar como a medida será aplicada após esse um ao de suspensão e também sobre a orientação os proprietários de caçambas.