Rui Car
30/09/2020 16h23 - Atualizado em 30/09/2020 16h25

Covid-19 contaminou 900 indígenas e matou 12 em Santa Catarina

A região oeste catarinense registra a maior proporção de indígenas contaminados, assim como de mortes, seguida da Grande Florianópolis e do Alto Vale

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Foto: Gilmar de Souza / BD

Foto: Gilmar de Souza / BD

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A pandemia do coronavírus atinge também a população indígena do Brasil. O estado do Amazonas foi o primeiro a ter a confirmação de indígenas contaminados e hoje concentra o maior número de mortes.

 

Até a manhã desta terça-feira (30), a doença já tinha contaminado 33.935 indígenas e 833 não resistiram à doença em todo o país. São 158 povos afetados pela Covid.

 

Os dados são da plataforma da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que monitora a situação indígena na pandemia do novo coronavírus.
Pelos dados da secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, 896 indígenas que vivem em aldeias em Santa Catarina já foram contaminados pela doença. Oito não resistiram e faleceram da covid. Pelo monitoramento da APIB, são 12 mortes de indígenas no estado.

 

Segundo o distrito Sanitário Especial Indígena Interior Sul (DSEI/ISUL), os números são referentes a indígenas aldeados inseridos nos sistemas de notificação de casos de covid-19. O DSEI recebeu 1924 notificados de suspeitas da doença no estado, mas os testes já confirmaram 896 casos.

 

A região oeste catarinense registra a maior proporção de indígenas contaminados, assim como de mortes, seguida da Grande Florianópolis e do Alto Vale.

 

Só que as confirmações de casos de indígenas contaminados em todo Brasil pelo Ministério da Saúde podem estar sendo subnotificadas. Por isso, a APIB vem realizando um levantamento independente.

 

Os números são superiores aos notificados pela secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que tem contabilizado somente casos em terras indígenas homologadas.

 

A compilação de dados da APIB é feita pelo comitê Nacional de Vida e Memória Indígena e pelas Organizações indígenas de base da APIB.

 

Os números do comitê levam em conta dados da Sesai e também das secretarias municipais e estaduais de saúde e do Ministério Público Federal.

 

50 aldeias monitoradas

 

Segundo a Sesai, Santa Catarina tem 50 aldeias atendidas por equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI). As equipes são responsáveis por identificar, monitorar e acompanhar os casos suspeitos e seus contatos, realizar a testagem e dar por encerrados os casos conforme os protocolos.

 

“Havendo a necessidade, os indígenas são referenciados aos demais níveis do SUS. Concomitante a isso, a EMSI continua a executar as ações de saúde das crianças, mulheres, homens, idosos e pacientes crônico. Há que relembrar que, os indígenas são munícipes e, por assim ser, também podem ser atendidos na rede municipal”, informou o coordenador do DSEI, Alexandre Rossettini.

 

A testagem tem sido feita em indígenas sintomáticos com o teste rt-PCR, do terceiro ao quinto dia da data de início de sintomas.

 

FONTE: FRAN MARCON – DIARINHO

 

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