Rui Car
26/09/2018 15h40 - Atualizado em 26/09/2018 15h14

Cresce o número de mortes na BR-470

A rodovia catarinense inicia em Navegantes e vai até Campos Novos

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Redação Jornal Metas

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O número de mortes na BR-470, em Santa Catarina, entre os meses de janeiro e agosto deste ano já superaram os dados de 2017, em comparação ao mesmo período. Enquanto no ano passado 52 pessoas perderam a vida, nestes primeiros oito meses de 2018 já são 66 mortes – 14 a mais. Os dados foram repassados pelo Núcleo de Comunicação Social (Nucom) da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina e, neste mês, os acidentes fatais continuaram a ser registrados na rodovia catarinense. Somente no último fim de semana foram três mortes, em dois acidentes. 

 

Uma das colisões aconteceu na manhã de sábado (22), no Km 22, próximo ao acesso à ponte de Ilhota. O acidente envolveu um veículo Fiat Uno, com placas de Blumenau, e um Peugeot 207, de Timbó. Luciano Martins e Marli Parma Martins, ambos de 48 anos, eram os ocupantes do Fiat Uno e morreram na hora. No Peugeot estavam dois irmãos, de 23 e 33 anos, que ficaram gravemente feridos. Na madrugada de domingo (23), Geovane Gonçalves, de 34 anos, morreu carbonizado em um acidente no Km 176, em Pouso Redondo. Ele estava em um veículo Palio, que pegou fogo após colidir frontalmente contra um Peugeot. 

 

De acordo com o Nucom, até agosto, mil acidentes foram registrados na BR-470, no trecho que corta o estado – a rodovia catarinense inicia em Navegantes e vai até Campos Novos, na divisa com o Rio Grande do Sul (RS). São 350 Kms de estrada. A maioria das colisões acontece nos primeiros 200 Kms, até a cidade de Pouso Redondo. As principais causas dos acidentes, indicadas nos boletins de ocorrência da PRF, são a falta de atenção à condução, desobediência às normas de trânsito e excesso de velocidade, além da embriaguez. “Embora não seja muito frequente, a ultrapassagem indevida gera acidentes bastante letais, figurando entre as principais causas de acidentes com mortes”, ressalta o chefe substituto do núcleo, Carlos André Possamai. Ele lembra que trechos em obras aumentam o risco de acidentes e agora, com os trabalhos de duplicação da rodovia, a atenção precisa ser redobrada. “É essencial o aumento da prudência para os motoristas que trafegam por essas regiões”, alerta. Em 2017 foram 81 mortes na rodovia. 

 

Responsabilidade
O policial rodoviário e especialista em trânsito, Emerson Andrade, aponta alguns fatores que, em linhas gerais, contribuem para a insegurança na BR 470. “A falta de cautela por parte dos condutores, aliada à falta de estrutura física, como o lento processo da obra de duplicação e a sinalização inadequada, lamentavelmente vem contribuindo para as tragédias”.. Entretanto, Andrade acredita ser possível alterar este cenário. “É uma triste realidade, mas vejo possibilidade de mudarmos este quadro. Para isso, é preciso agir com mais reponsabilidade, tanto os motoristas quanto os órgãos públicos, entregando as obras dentro do prazo e implantado a sinalização correta”.

 

DADOS REFERENTES DE JANEIRO ATÉ AGOSTO

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