Rui Car
12/04/2017 10h58 - Atualizado em 12/04/2017 11h07

Deputado Jean Kuhlmann (PSD), entre outros suspeitos, aparecem na lista da Lava Jato

O informação foi divulgada pelo blog do prisco

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Além dos 98 nomes de políticos que serão investigados no STF, o ministro Edson Fachin remeteu a outras instâncias do Judiciário mais de 200 petições que tratam de indícios sobre pessoas que não têm foro privilegiado. Na de número 6.858 está o nome do deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD). Conforme o documento do Supremo Tribunal Federal (STF), o político teria recebido dois valores distintos, nos anos de 2004 – quando ainda era vereador por Blumenau – e 2012 – já quando concorria à prefeitura da cidade. Na primeira vez, ele teria recebido o valor de R$ 65,6 mil que consistiam na facilitação de recebimento de faturas de serviços prestados e não pagos. O repasse teria sido intermediado pelo atual diretor de Desenvolvimento de Negócios da Odebrecht, João Borba Filho. Cinco anos atrás, segundo o inquérito, Kuhlmann supostamente recebeu R$ 50 mil em doação de campanha não contabilizada, conforme delação de Paulo Roberto Welzel, ex-diretor da Foz do Brasil.

Derrotado nas duas últimas eleições municipais por Napoleão Bernardes – que também foi citado nas listas divulgadas ontem –, Kuhlmann declarou à Justiça Eleitoral na campanha de 2012 um total de R$ 1,1 milhão em doações. O maior repasse foi de R$ 800 mil e está em nome do próprio deputado. Outras 73 doações estão em nome do comitê financeiro municipal do partido. Atualmente Kuhlmann está no terceiro mandato de deputado estadual e preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. Antes disso ele havia sido vereador por dois mandatos em Blumenau. A reportagem tentou contato por telefone com a assessoria do deputado, que informou que ele se manifestaria por meio de nota.

O que diz Jean Kuhlmann (PSD):

Recebo com surpresa a informação de que meu nome consta em petição remetida para o 4º TRF, referente às investigações divulgadas pelo Supremo. Jamais tratei de qualquer assunto relacionado a campanhas eleitorais, e sobretudo recursos para campanhas, com empregados e executivos e empresas citadas, tampouco conheço qualquer um deles. Minhas contas eleitorais sempre foram aprovadas e apresentadas dentro do rigor que exige a Justiça Eleitoral, e dentro da transparência pela qual sempre pautei minha trajetória. Confio no bom trabalho da Justiça, e tenho certeza que as investigações irão mostrar a verdade dos fatos. Meu maior interesse é que toda essa situação seja esclarecida, o quanto antes.

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