Integrantes das bancadas do PL, PP e Podemos destacaram a decisão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de sustar, temporariamente, a importação de arroz e criticaram a tentativa da União de importar o grão na sessão de quarta-feira (22) da ALESC.
“Tem a questão dos produtores de arroz no Rio Grande do Sul, o maior produtor do país, com 7 mi de toneladas/ano. Santa Catarina ocupa o segundo lugar, com 1,2 mi toneladas por ano. Ontem a Conab suspendeu o leilão da compra do arroz. Os países do Mercosul, que têm isenção tributária na importação do arroz, o que fizeram? Aumentaram em 30% o arroz deles. Foi um dos motivos para que a Conab suspendesse o leilão”, avaliou Sargento Lima (PL).
O deputado ponderou as dificuldades de logística para os produtores gaúchos escoarem a produção com estradas interrompidas em dezenas de pontos e alertou que o arrozeiro da Tailândia não está sujeito às leis trabalhistas, como os brasileiros.
“Estamos aguardando o próximo posicionamento da Conab”, assegurou o representante de Joinville.
José Milton Scheffer (PP) e Lucas Neves (Podemos) apoiaram Lima.
“Há muita preocupação com a importação desenfreada e sem impostos de outros países. O produtor já concorre com o produtor do Mercosul. Os produtores do Uruguai e do Paraguai têm a metade da carga tributária”, informou Scheffer, acrescentando que “não existe risco de desabastecimento”.
“O ano passado vieram com a importação da maçã chinesa, fizemos pressão e conseguimos evitar”, lembrou Lucas, sugerindo assim pressionar o governo federal para evitar a importação do arroz.
Fonte: Vitor Santos / Agência AL