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O início da campanha eleitoral, marcado para a próxima terça-feira (16), aumenta a expectativa também sobre a propaganda política em rádio e TV, importante ferramenta para a divulgação dos candidatos e propostas. Pela legislação eleitoral, os programas começam a ser veiculados em 26 de agosto.
O tempo de TV é considerado habitualmente um recurso importante para os partidos. Embora menos prestigiado após as eleições de 2018, quando tanto Jair Bolsonaro quanto Carlos Moisés conseguiram ser eleitos com sete segundos de tempo de TV, focando em divulgações na internet, os programas eleitorais ainda são parte relevante das estratégias dos partidos. A agenda da maioria dos candidatos ao governo do Estado na próxima semana, a primeira da campanha, por exemplo, prevê a gravação dos programas entre os compromissos.
A divisão oficial do espaço destinado aos candidatos ao governo de SC só será divulgada após uma reunião com partidos e veículos de comunicação, no dia 18 de agosto, no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC).
No entanto, com as coligações já praticamente definidas após o prazo de convenções partidárias, estimativas com base nos critérios previstos na lei eleitoral já dão uma ideia de qual deve ser a divisão aproximada entre os candidatos de SC.
Gean Loureiro tem a favor o União Brasil, partido com maior tempo de TV disparado no país, e deve ter o maior espaço na propaganda em rádio e TV. Em aliança com PSD e Patriota, o ex-prefeito da Capital deve ter mais de 2 minutos e 50 segundos nos blocos diários. É quase um quarto dos horários eleitorais para a majoritária, que este ano terão duração total de 12 minutos e meio. Na rádio, as veiculações são de manhã e à tarde. Na televisão, à tarde e à noite.
Em seguida, os candidatos com maior tempo devem ser Décio Lima, com o espaço do PT, segundo partido que mais elegeu deputados federais no país na última eleição, e o atual governador Carlos Moisés (Republicanos). A aliança de Moisés pode chegar a sete partidos caso o Pros não lance candidato e mantenha legalmente a adesão à chapa — o partido está em meio a uma disputa jurídica.
Décio deve ter pouco mais de dois minutos e 40 segundos e Moisés, entre 2min15seg e 2min25seg, a depender da permanência ou não do Pros.
Esperidião Amin, do Progressistas, a terceira legenda com mais parlamentares na Câmara, o que dá direito a um tempo maior de campanha na TV, deve ter cerca de dois minutos. Os outros seis concorrentes terão menos de um minuto nos blocos diários na rádio e na TV.
Candidatos com apenas sete segundos
Os menores tempos devem ser dos candidatos Alex Alano (PSTU) e Leandro Brugnago (PCO). Sem parlamentares eleitos na Câmara dos Deputados, os dois partidos devem ter apenas o tempo dividido igualmente entre os concorrentes — sete segundos, caso se mantenham 10 candidatos na disputa pelo governo. Nesses casos, a legislação permite que os partidos “acumulem” o tempo para apresentarem inserções de 30 segundos em uma quantidade menor de programas.
Segundo a legislação eleitoral, 90% do tempo de TV é dividido conforme o número de deputados federais eleitos pelos partidos na última eleição. Os 10% restantes são compartilhados de forma igualitária entre os candidatos. A confirmação oficial dos tempos em SC ocorre apenas no dia 18, pelo TRE-SC, e pode variar conforme as coligações efetivamente registradas até o fim do prazo, mudanças do total de candidatos, nova totalização das vagas por partidos no Congresso ou critérios de arredondamento.
Para a campanha a presidente, a expectativa é de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa divulgar os tempos oficialmente também nos próximos dias.
O primeiro programa eleitoral, dia 26, será de candidatos a governador. No dia seguinte, sábado, 27, será a vez dos programas de concorrentes a presidente da República.
Além dos blocos diários, há também as inserções exibidas ao longo de todo o dia na programação das emissoras. O critério de divisão dessas inserções são os mesmos dos programas do horário eleitoral.
Confira o tempo estimado que cada candidato deve ter na campanha de TV:
Alex Alano (PSTU): 7 segundos
Carlos Moisés (Republicanos): 2 minutos e 14 segundos
Décio Lima (PT): 2 minutos e 43 segundos
Esperidião Amin (PP): 2 minutos e 3 segundos
Gean Loureiro (União Brasil): 2 minutos e 57 segundos
Jorge Boeira (PDT): 45 segundos
Jorginho Mello (PL): 52 segundos
Leandro Brugnago (PCO): 7 segundos
Odair Tramontin (Novo): 18 segundos
Ralf Zimmer (Pros): 18 segundos
Tempo de TV entre os presidenciáveis
Nos blocos de propaganda eleitoral para presidente, o maior tempo deve ficar com o candidato Lula, do PT. Serão três minutos e 25 segundos, podendo aumentar caso a candidatura consiga manter o apoio do Pros, que está envolvido em disputa na Justiça. Em seguida, aparece o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 2 minutos e 35 segundos, fruto da aliança com o PP e o Republicanos.
Simone Tebet (MDB) e Soraya (União Brasil) fecham o time dos quatro maiores tempos na campanha presidencial, com 2 minutos e 17 segundos, e 2 minutos e 7 segundos, respectivamente. Ciro Gomes (PDT), até agora sem nenhuma aliança formada com outro partido, no atual cenário deve ter apenas 48 segundos.
Fonte: Jean Laurindo / Diário Catarinense / NSC Total
