Rui Car
13/06/2023 09h32

Eleito por Rondônia, senador catarinense Jaime Bagattoli defende setor produtivo

Político é natural de José Boiteux

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Reprodução / Redes sociais

Foto: Reprodução / Redes sociais

Delta Ativa

Em visita à sua terra natal, o senador da República, Jaime Bagattoli (PL) esteve nos estúdios da Rede Vale Norte, onde concedeu uma entrevista exclusiva sobre o andamento dos trabalhos no Senado e a atual conjuntura política. Bagattoli é natural de José Boiteux, e se mudou com a família par o Estado de Rondônia, região Norte do país, na década de 70. “Sou natural de José Boiteux, quando ainda era distrito de Ibirama. A região teve a felicidade de uma pessoa nascida aqui chegar ao Senado da República”, disse. 

 

Eleito pelo estado de Rondônia, Jaime Bagattoli, é empresário do agronegócio e mora em Vilhena. Em 2018 se candidatou ao Senado, ficando em terceiro lugar, sendo eleito para o mandato de oito anos em 2022. “Em 1974 fomos para Vilhena, que na época era uma vila de 700 habitantes. Hoje é um município de 100mil habitantes. Na época, meu pai foi para lá, para trabalhar com madeira. Na época não imaginávamos que fosse crescer tanto”, conta.

 

Conforme o senador, o Brasil deve muito à força do agronegócio. No último trimestre, a agropecuária teve um avanço de 21,6%, a maior alta desde 1996.  “O setor produtivo e o agronegócio é a bola mestre do Estado de Rondônia e também do Brasil e é a bandeira que defendemos”, disse.

 

O senador também defende maior empenho do Congresso e do governo para garantir um ambiente de negócios mais favorável ao setor produtivo. Bagattoli disse que o país está estagnado e precisa de uma reforma tributária e uma reforma administrativa. “Temos centenas de pessoas produzindo pouco e recebendo muito, enquanto que no outro lado temos milhões produzindo muito e não sendo remuneradas pelo que merecem”, avalia.

 

Bagattoli defendeu ainda mais incentivos para a agricultura familiar, para o agronegócio e para a geração de empregos. “Quando falamos do agronegócio e do setor produtivo, falamos também do reflorestamento, que é muito forte na região de vocês. Hoje não se exploram mais madeira nativa. Santa Catarina, Paraná e Rio do Grande do Sul possui uma grande vantagem com esta indústria”.

 

O senador também é defensor da ampliação das ferrovias em todo Brasil, que iriam baratear o transporte e melhorar a logística, e migrar boa parte do transporte rodoviário. “O Brasil, se fizer nos próximos seis anos, pelo menos 6mil quilômetros de ferrovias, para escoarmos a produção, vamos chegar em uma situação caótica. A produção do Brasil está crescendo muito e não temos a infraestrutura em rodovia para comportar este transporte”.

 

Ele também destacou a necessidade urgente de melhorar a saúde pública.

 

Governo Lula

 

Sobre o atual governo, ele disse  que houve um retrocesso e há inércia dos poderes. “Classifico o atual governo como desgoverno. É triste para o Brasil, que não está sendo governado. Quem está governando agora é o Supremo Tribunal Federal. Temos um congresso que não manda nada. A maioria dos senadores estão se acovardando  e a Câmara Federal está na mesma situação”.

 

Ele criticou a criação de mais ministérios, de 22 para 37. “Aumentaram as despesas para mais R$17 bilhões. Que esperança que temos com o comércio e o setor produtivo? O brasileiro está desmotivado para fazer qualquer tipo de investimento”.

 

Ao final, o senador Bagattolli, diz está acompanhado o Marco Temporal, votado no senado na quarta-feira, 07. Ele disse ainda estar disponível também para  ouvir as reivindicações da população do Vale Norte. “Possuo familiares em José Boiteux e estou atento às demandas da região”, disse.

 

Fonte: Marcelo Zemke / Rede Vale Norte
Justen Celulares