Rui Car
19/12/2020 11h32 - Atualizado em 19/12/2020 11h36

Em SC, ministro promete agilidade para atender demanda de gás e carvão

Bento Albuquerque também informou que acompanha de perto a questão da termelétrica

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Foto: Filipe Scotti/Fiesc

Foto: Filipe Scotti/Fiesc

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Em reunião de diretoria da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou que até segunda-feira (21) será publicada portaria para instituir um grupo de trabalho que vai estudar solução para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL), de Capivari de Baixo, que corre o risco de ser desativado.

 

“Então, em 180 dias, vamos apresentar não só os estudos, mas também as ações que deverão ser implementadas porque, como todos sabem, o governo federal é sensível a isso”, afirmou Albuquerque.

 

No encontro, realizado nesta sexta-feira (18), em Florianópolis, com participação do governador Carlos Moisés da Silva, e lideranças industriais e políticas, o ministro também informou que acompanha de perto a questão da termelétrica, tem conversado com a bancada federal catarinense e já esteve no Sul do estado.

 

“Consideramos aquilo que as regiões do país podem e devem contribuir para a segurança energética. E a geração termelétrica a carvão, principalmente a moderna, tem muito a contribuir e terá um papel importante nos próximos 30 anos. E isso está nos nossos planos”, completou.   

 

Gás mais barato 

 

Outro tema abordado no encontro foi o Programa Novo Mercado de Gás. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério, José Mauro Ferreira, destacou a importância da nova Lei do Gás, que foi aprovada pelo Senado, mas como foi modificada, o projeto retorna para nova análise da Câmara dos Deputados. O novo marco legal busca a promoção da concorrência, atração de investimentos, alinhamento com as boas práticas internacionais, aumento da transparência, maior eficiência no uso das infraestruturas e redução dos custos para o consumidor.

 

Entre os benefícios esperados com a nova lei estão estão a redução em até 50% no preço do gás para a indústria, diminuição de até 35% no gasto com combustível para o setor de fretes, R$ 74 bilhões em investimentos em gasodutos de escoamento e transporte; terminais de GNL e Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGNs), criação de 33 mil empregos na construção e operação dessas infraestruturas.

 

Apesar do avanço, o ministro foi questionado sobre a demora em processos da ANP. “As distribuídas de gás do Brasil inteiro se reuniram e coordenaram uma chamada pública para suprimento de gás e o único fornecedor habilitado continuou a ser a Petrobras. A abertura do mercado está avançando, mas no próximo ano iremos lançar uma nova chamada pública para entrega a partir de 2022 e hoje, por conta da agenda regulatória, corremos o risco de continuar sendo reféns de um único supridor, que é a Petrobras”, disse o presidente da Companhia de Gás de SC (SCGÁS), Willian Anderson Lehmkuhl. 

 

“isso tem sido motivo de preocupação e de constantemente monitoramento. A gente reconhece que supridores e consumidores precisam dessa previsibilidade e estamos trabalhando para que essa agenda regulatória acontece da maneira mais ágil possível. Tomou posse recentemente na ANP a doutora Symone Araújo, uma pessoa de nossa confiança que deve ajudar nessa processo”, disse Albuquerque.


FONTE: REDE CATARINENSE DE NOTÍCIAS

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