Rui Car
24/01/2024 11h36

Em Taió, vereador de Blumenau esclarece fechamento da Barragem de José Boiteux durante enchente

Carlos Wagner atuou na operação de fechamento das comportas da estrutura

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Foto: Albanir Junior / Câmara de Taió

Foto: Albanir Junior / Câmara de Taió

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O vereador Carlos Wagner (Alemão), do município de Blumenau, utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores de Taió nesta terça-feira (23). O tema foi a situação da Barragem Norte, em José Boiteux durante a enchente de 2023, visto que ele atuou na operação de fechamento das comportas da estrutura.

 

Fechamento das comportas em José Boiteux (Foto: Reprodução)

 

Ao utilizar a tribuna, o vereador que também é empresário em Blumenau, comentou que lida com enchentes desde 1978 e que a sede da empresa fica em área alagável no município. “Quanto fechamos a Barragem, choveu 400 milímetros em dois dias, a média do mês é 130, choveu mais de 1000 milímetros na região, ficamos dois meses com água. Se a Barragem de José Boiteux não tivesse sido fechada ia dar mais de 15 metros nos municípios abaixo”, afirmou.

 

O vereador explicou que ao se inteirar da situação da Barragem Norte, ele buscou recursos para poder torná-la operante e para isso procurou empresas, associações empresariais e comerciais e deputados. “Era preciso 100 mil reais para fazer uma carretinha com motor de 90 HP a diesel. Vocês têm noção do prejuízo que ia dar se não tivesse esse motor? Estava previsto em mais de 20 bilhões. A ponte de Ibirama ia para o estouro, com mais dois metros de água ela ia sumir. Uma ponte dessas não se faz em menos de dois anos”, estimou.

 

Barragem Norte, em José Boiteux (Foto: Defesa Civil de Ibirama / Reprodução)

 

O vereador também pediu união das autoridades para cobrar na esfera política e participar na esfera judicial de uma ação pública que envolve a Barragem Norte. Ele ponderou que o Governo precisa cumprir os acordos com os indígenas, em virtude do isolamento de algumas aldeias da reserva.

 

Alemão também destacou que o prejuízo é inestimável e que muitas empresas têm recorrido a linhas de crédito com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). São mais de 1500 empresas na região que buscaram essa alternativa, só em Taió são mais de 100. “Temos que nos unir. Tem empresas que pegaram dinheiro emprestado no BRDE, que é um dinheiro que você tem que pegar para produzir mais, ampliar e estão pegando para se salvar. Eu sei o que é perder tudo, eu sei o que é pegar uma linha de crédito e depois ter que pagar”, concluiu.

 

A participação, bem como a sessão na íntegra podem ser conferidos no vídeo abaixo:

 

 

Fonte: Albanir Junior / Câmara de Vereadores de Taió
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