Rui Car
06/08/2020 16h32

Enquete da Educadora aponta: População gostaria de ter mais prazo para regularizar documentação de veículo antes de apreensão

Serviço de guincho em fiscalizações no posto da PMRv de Taió foi questionado em sessão pelo vereador Tiago Maestri

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A Rádio Educadora realizou uma enquete essa semana para saber a opinião dos taioenses em relação a forma como o serviço de guincho é realizado durante fiscalizações na área de atuação do Posto 23 da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) em Taió.

 

A pergunta foi a seguinte: “Na sua opinião, o motorista, ao ser abordado na Polícia Rodoviária de Taió com seu veículos apresentando alguma irregularidade no documento, deveria ter algumas horas para regularizar o documento do veículo antes de ir para o pátio em Agronômica?”

 

Durante os últimos dois dias a enquete esteve aberta aos taioenses que diariamente utilizam a via, e também aberta ao público em geral para que todos manifestassem sua opinião. A enquete gerou grande repercussão e contou com a participação de mais de 2.600 pessoas. A maior parte destas, 87% foi favorável para que o condutor tenha mais prazo para regularizar a documentação do seu carro ao ser abordado. Outros 13% foram contrários a prorrogação do prazo.

 

Enquete

 

Veja a opinião de alguns dos votantes que foram favoráveis ao aumento do prazo:

 

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Confira outros comentários CLICANDO AQUI.

 

Relembre o caso:

 

Um requerimento apresentado em sessão remota da Câmara de Vereadores de Taió, realizada na noite desta segunda-feira (03/08), pede informações a respeito do serviço de guincho na área de atuação do Posto 23 da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) em Taió. O documento solicita dados para esclarecer a maneira como o guincho é acionado e como opera durante as fiscalizações de rotina.

 

As informações foram solicitadas pelo vereador e presidente da Câmara, Tiago Maestri. Segundo ele o pedido foi feito após questionamentos feitos pela população a respeito da retenção de veículos, sem a oportunidade de regularização. No documento o vereador deixa claro que não questiona as fiscalizações, a aplicação de multa e de pontos na carteira, mas quer entender melhor como funciona o serviço de guincho e para onde vão os veículos apreendidos.

 

“As vezes o motorista está com a família inteira, com criança ou idosos e tem o veículo retido por alguma irregularidade na documentação, sem que tenha a oportunidade de regularizar no ato e evitar que o veículo seja guinchado, isso gera um transtorno muito grande. Além de ficar sem o veículo ele precisa pagar o serviço de guincho e a diária do pátio que fica em outro município”, esclarece.

 

O vereador solicita esclarecimentos sobre os casos em que o serviço de guincho é acionado pelos policiais; o nome, endereço e CNPJ da empresa licitada para o serviço de guincho; localização do pátio e se possui área coberta; o valor cobrado distintamente por cada serviço da empresa, como a taxa de guincho, o quilômetro rodado, hora parada e a diária no pátio; as formas de pagamento, se por meio de cartões, boleto, dinheiro e o local do pagamento; o horário administrativo da empresa e o horário do serviço de guincho; o tempo entre o acionamento do guincho e a chegada no posto; o tempo de contrato que a empresa possui; se é necessário o licenciamento ambiental do pátio e se a empresa possui; veículos com pane ou envolvidos em acidentes, podem ser guinchados por empresa de sua preferência, ou da seguradora.

 

Uma lei estadual já garante que veículos não sejam apreendidos por falta de pagamento do IPVA, no entanto o texto não protege contra atrasos no Registro e no Licenciamento.

 

Deputado Nilso Berlanda recebeu os questionamentos e irá levar o caso à Assembléia Legislativa

 

“Vamos discutir o assunto com os deputados. Penso que não dar uma oportunidade ao cidadão de bem para que ele apresente o documento regularizado antes de ser encaminhado ao pátio do guincho é um erro. As vezes o motorista está com a família inteira, com criança ou idosos e tem o veículo retido por alguma irregularidade na documentação, sem que tenha a oportunidade de regularizar no ato e evitar que o veículo seja guinchado, isso gera um transtorno muito grande. Além de ficar sem o veículo ele precisa pagar o serviço de guincho e a diária do pátio que fica em outro município”, comentou o deputado.

 

Tiago Maestri concedeu entrevista à Educadora para comentar o assunto

 

A Rádio Educadora recebeu em seus estúdios no início da tarde desta quarta-feira (05/08) o presidente da Câmara de Vereadores de Taió, Tiago Maestri. A pauta da entrevista foram os questionamentos feito pelo vereador a respeito do serviço de guincho na área de atuação do Posto 23 da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) em Taió durante a última sessão da Câmara.

 

“Esses questionamentos que a gente fez, junto com a Câmara de Vereadores de Taió, surgiram em virtude de muitas pessoas que nos procuraram com dúvidas quanto a fiscalização na SC-114, que liga Taió à Pouso Redondo. Eu mesmo já vi ali no posto muitas famílias, pessoas de idade, crianças… debaixo do sol, sendo retirados dos carros e ficando ali, e isso me chamou a atenção!”, explica Tiago.

 

“Quero deixar aqui bem claro que não sou contra a lei!”, frisa o vereador.

 

Durante a entrevista, Maestri trouxe alguns comentários de pessoas que passaram por situações constrangedoras ao serem abordadas no local, tendo seu veículo guinchado de imediato, sem uma última chance de regularização.

 

Confira a entrevista na íntegra:

 

 

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