Rui Car
09/09/2021 14h37 - Atualizado em 09/09/2021 14h39

Entenda o que deu início a paralisação dos caminhoneiros em vários pontos do país

Fatos que envolvem os atos do 7 de setembro e foragido na liderança; entenda

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Caminhoneiros fazem paralização no trevo de acesso a São Miguel do Oeste (Foto: Cristian Losch / Portal Peperi)

Caminhoneiros fazem paralização no trevo de acesso a São Miguel do Oeste (Foto: Cristian Losch / Portal Peperi)

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Reunimos informações e detalhamos os fatos que envolvem a prisão do cantor Sérgio Reis, convocações de atos para as comemorações de 7 de Setembro e a liderança de um foragido da Justiça.

 

Como iniciou o movimento das paralisações de caminhoneiros desta semana?

 

As primeiras informações de uma possível paralisação de caminhoneiros na semana da Pátria surgiram com as convocações de atos do 7 de setembro. Em grupos bolsonaristas mensagens sugeriam apoio dos caminhoneiros aos atos de 7 de setembro e paralisações. Lideranças formais dos motoristas negavam a greve, mas a informação de “travar o país” viralizou nas redes sociais e WhatsApp.

 

As mensagens apontavam o jurista Ives Gandra Martins como incentivador da greve, mas o advogado negou qualquer participação.

 

Em 20 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal a Polícia Federal cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em operação que apurava o crime de incitar a população nas redes sociais de atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes. Entre os suspeitos estavam o cantor Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o caminhoneiro conhecido como Zé Trovão.

 

Mesmo com o inquérito judicial, o caminhoneiro Zé Trovão – foragido até hoje – continuou incentivando a paralisação dos caminhoneiros e criticando a atuação do Poder Judiciário. Recentemente, chegou a questionar o áudio do presidente Jair Bolsonaro pedindo que os motoristas recuassem da paralisação nas rodovias do país. 

 

Outras paralisações 

 

Em maio de 2018, durante o governo de Michel Temer, o país viveu a maior paralisação dos caminhoneiros, que gerou desabastecimento de combustíveis em todo o País. A greve foi atribuída a suspeitas de locaute – quando os patrões, e não os trabalhadores, é que lideram a paralisação e impedem os empregados de exercer suas atividades. Diferentemente da greve, que tem amparo na Constituição, o locaute é proibido por lei.

 

Em 2015, os caminhoneiros também organizaram greves em vários Estados a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff.

 

A atual paralisação em setembro de 2021, apoia pautas do presidente Jair Bolsonaro reforçadas nos atos de 7 de setembro e criticam os governadores pelos aumentos dos combustíveis.

 

A expectativa nesta quinta-feira (09) é que o presidente Jair Bolsonaro converse com caminhoneiros que estão paralisados em várias partes do país. Ainda não há confirmação se Bolsonaro irá à Esplanada dos Ministérios – ainda fechada em Brasília desde 7 de setembro – ou se os caminhoneiros irão ao encontro do presidente.


FONTE: SBT NEWS / VIA: SCC10

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