Rui Car
16/01/2024 10h38

Espécie extinta há mais de 200 anos é reabilitada e solta em floresta de SC

Animais já reabilitados foram soltos no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Divulgação / Daniel de Granville / Secom

Foto: Divulgação / Daniel de Granville / Secom

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Extintos há cerca de 260 anos, os bugios-ruivos estão de volta às florestas da Ilha de Santa Catarina. Na última quarta-feira (11), os animais já reabilitados foram soltos no Parque Estadual do Rio Vermelho. O processo de soltura foi uma iniciativa da ONG Instituto Espaço Silvestre acompanhado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

 

Os bugios estavam no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de Santa Catarina (Cetras), localizado dentro do parque, e passaram por um processo de reabilitação ao longo de mais de quatro anos para estarem aptos a iniciar o processo de soltura.

 

O principal objetivo da soltura é que os bugios-ruivos (Alouatta guariba), nativos da Mata Atlântica, restabeleçam uma população viável a longo prazo em Florianópolis e que o seu retorno recupere certas interações ecológicas perdidas com a extinção do primata no local.

 

O processo de soltura dos bugios

 

Em um primeiro momento, três indivíduos foram soltos: Sem Cauda, Ranhento e Ruivo. Dois machos e uma fêmea, todos adultos. Nesta segunda-feira (15) mais três bugios foram enviados para o recinto de adaptação. Segundo a diretora do Programa Silvestres SC, Vanessa Tavares Kanaan, outras cinco solturas de bugios-ruivos já estão previstas neste primeiro semestre do ano.

 

Antes de voltar à floresta, na reabilitação, o trio passou por dezenas de exames clínicos e veterinários e aprenderam habilidades comportamentais importantes para sobreviverem na natureza. Além disso, os macacos foram vacinados contra a febre amarela, doença letal para os bugios. Na reta final antes da soltura, passaram cerca de um mês num recinto de aclimatação, para se adaptarem à floresta, sua nova casa.

 

Nos emociona muito, pensar que o bugio fará novamente parte da nossa fauna e poderá viver livremente na natureza, é muito gratificante”, diz a diretora de Biodiversidade e Florestas do IMA, Sabrina Nunes Cataneo Maestri.

 

Fonte: Maria Magnabosco / Diário Catarinense / NSC Total
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