Rui Car
30/10/2017 08h06

“Está tudo muito bem”, diz médico que acompanha internação de Raimundo Colombo

Figuras políticas como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff já sofreram do mesmo problema

Assistência Familiar Alto Vale
Delta Ativa

Uma crise de diverticulite levou o governador Raimundo Colombo (PSD) a ser internado ainda na noite de sábado no Hospital Baía Sul, em Florianópolis. A previsão é de que ele permaneça na unidade pelo menos até esta terça-feira. Colombo está aos cuidados de uma equipe de médicos, composta por especialistas que já o acompanham no dia a dia, e também por profissionais da unidade.

 

O quadro apresentado é moderado, com boa evolução após o tratamento de sábado para domingo, e a chance de intervenção cirúrgica é considerada mínima. Por recomendação clínica, a agenda do governador está suspensa pelos próximos dias.

 

A diverticulite ocorre quando há inflamação dos divertículos, pequenas hérnias que podem aparecer no interior do intestino grosso. O tratamento é baseado em hidratação e antibióticos. Segundo o médico cardiologista Antônio Felipe Simão, Colombo também é acompanhado por especialistas em cardiologia porque tem um histórico de base cardiovascular.

 

—Esse tratamento poderia ocasionar algum prejuízo ao tratamento cardiovascular prévio, mas as coisas até agora só têm ocorrido favoravelmente ao governador. É assim que a gente esperava. O hospital colaborou com exames de imagens, acho que está tudo muito bem. Nosso governador vai estar por aí por bastante tempo, sadio, com algumas mudanças de estilo de vida — observou Simão em entrevista à NSC TV.

 

Os cuidados futuros, segundo o médico, podem implicar em maior cuidado com a alimentação, como maior procura por fibras, mas nada que seja determinado já durante a internação.

 

Durante a tarde de domingo, Colombo estava tranquilo e chegou a acompanhar o futebol pela televisão. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira, que é médico, foi uma das pessoas que o visitou.

 

— Clinicamente ele está muito bem — observou Moreira.

 

A gastroenterologista e patologista Janaína Schiavon, que também acompanha Colombo, diz que a diverticulite não tem um fator desencadeante muito claro. Conforme a médica, são aspectos individuais, associados a fatores ambientais e a uma pré-disposição do paciente. Ainda de acordo com a médica, a doença é comum em pacientes acima dos 60 anos, embora a maioria não apresente crises de inflamação.

 

Figuras políticas como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff já sofreram do mesmo problema.

 

A presença de Colombo era esperada nesta segunda na inauguração da UTI Neonatal do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville, o que já está confirmado que não vai ocorrer. Novos boletins médicos devem ser divulgados ao menos três vezes ao dia.

 

 

Roelton Maciel

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