Rui Car
05/07/2021 14h36

Ex-marido de lontrense morta no Paraná é indiciado por homicídio com cinco qualificadoras

Feminicídio, motivo torpe, meio cruel, emboscada e vantagens em outro crime devem aumentar a pena de Wagner Oganauskas, acusado de ser o mandante do crime

Assistência Familiar Alto Vale
Da esquerda para a direita: Marcos Antônio Ramon, indiciado pela execução do crime; Ana Paula Campestrini, a vítima; e Wagner Oganauskas, suspeito de ser o mandante da execução da ex-esposa (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Da esquerda para a direita: Marcos Antônio Ramon, indiciado pela execução do crime; Ana Paula Campestrini, a vítima; e Wagner Oganauskas, suspeito de ser o mandante da execução da ex-esposa (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

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O ex-marido de Ana Paula Campestrini, catarinense de Lontras que foi executada em Curitiba (PR) com 14 tiros, foi indiciado por homicídio quintuplamente qualificado.

 

A Polícia Civil do Paraná realizou uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (05) em Curitiba para dar detalhes sobre o inquérito, que foi concluído no sábado (03).

 

Wagner Cardeal Oganauskas, ex-marido de Ana Paula, deve responder judicialmente por homicídio com cinco qualificadoras: feminicídio; mediante pagamento e por motivo torpe; por meio cruel; emboscada e impossibilidade de defesa da vítima; e por assegurar vantagem em outro crime – relacionado a cinco processos que correm na Vara de Família.

 

Já Marcos Antônio Ramon, suspeito de ser o atirador que executou Ana Paula na frente do portão da casa onde morava, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: mediante a paga, meio cruel, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima.

 

A delegada responsável pelo caso, Tathiana Guzella, também pediu a conversão da prisão temporária de Wagner e Marcos Antônio, que tem prazo de 30 dias, em prisão preventiva. Ela baseou o pedido em dois motivos: a manutenção da ordem pública, já que o caso provocou comoção nacional, e pela garantia da instrução criminal.

 

Ficou demonstrado que tanto o atirador quanto o mandante são pessoas de alta periculosidade, primeiro porque têm conhecimento das leis, um deles inclusive é advogado, então houve um planejamento minucioso, por mais de dois meses, para o cometimento do crime. E durante esse ínterim, ficou demonstrado intimidação para a juíza da causa civil, clara e inclusive salva em ato notarial – a qual também prestou depoimento aqui na Divisão – nós temos a informação de uma tentativa, antes ainda da morte, do mandante do crime de autuar, erroneamente, de plantar drogas no veículo que a vítima utilizava como Uber, demonstrando sua alta periculosidade”, disse Guzella.

 

Agora, o Ministério Público do Paraná tem prazo de cinco dias para decidir se vai oferecer denúncia para a Justiça.

 

Relembre o caso

 

N manhã do dia 22 de junho, Ana Paula Campestrini foi executada aos 39 anos com 14 tiros em frente ao conjunto habitacional onde morava em Curitiba (PR). Ela foi sepultada em Lontras, onde vive a família.

 

Ana Paula Campestrini foi executada com 14 tiros em Curitiba. O corpo será sepultado em Lontras, onde vive a família – Foto: Reprodução/Divulgação

Ana Paula Campestrini foi executada com 14 tiros em Curitiba (Foto: Reprodução / Divulgação)

Em dois dias, a Polícia Civil do Paraná identificou e prendou os dois suspeitos pelo crime: Wagner Cardeal Oganauskas, ex-marido de Ana Paula e quem seria o mandante do crime, e Marcos Antônio Ramos, que seria o executor.

 

Os dois eram, respectivamente, presidente e diretor-financeiro de um clube de Curitiba. Segundo a delegada Tathiana Guzella, o crime foi premeditado com pelo menos dois meses de antecedência. Além disso, Wagner teria pago R$ 38 mil para Marcos Antônio executar o assassinato.

 

Ana Paula Campestrini e Wagner Oganauskas foram casados por 17 anos e tiveram três filhos, com 16, 11 e 9 anos. Ele se separaram há cerca de três anos e, após o fim do casamento, ela se declarou homossexual.

 

Antes de ser morta, Ana Paula trabalhava como diarista e motorista de carros de aplicativo e vivia com a namorada no condomínio em frente ao qual foi assassinada.

 

Antes de morrer, ela havia escrito uma carta para os familiares, onde falou sobre a libertação do relacionamento de 17 anos, que classificou como abusivo.


FONTE: ND+ / COM INFORMAÇÕES DA RIC MAIS

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