Rui Car
12/06/2017 15h57

Excesso de chuva e enxurrada deixam prejuízo superior a R$ 2,7 milhões em Agrolândia

Só a agricultura registrou perda superior a R$ 1 milhão

Assistência Familiar Alto Vale
Assessoria de Imprensa

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O excesso de chuva no final de maio e na primeira semana de junho e a enxurrada registrada no dia 04 resultaram em transtornos e muito prejuízo para a Administração Municipal de Agrolândia. Um levantamento dos estragos causados após a elevação do nível do rio Trombudo e do ribeirão das Pedras mostra que só com infraestrutura as perdas chegam a R$ 1,6 milhão.

 

Para se ter uma ideia, mais de 40 pontes e pontilhões tiveram a estrutura danificada, sendo que pelo menos dez pontes foram arrancadas com a força da correnteza. Estragos também nos bueiros, nas estradas vicinais e no calçamento de algumas ruas da área central por causa dos alagamentos. “Em um trecho de quase cinco quilômetros muita terra e pedras foram arrastadas para dentro do rio. Com isso, a água foi represada e o rio mudou o curso. Vamos ter muito trabalho para remover esses materiais e fazer com que a direção da água volte ao normal”, explica o secretário adjunto de Infraestrutura, Wagner Galisa.

 

Praticamente toda a frota de caminhões e máquinas da Prefeitura está trabalhando na recuperação do que foi danificado. “São quatro retroescavadeiras, três PC hidráulicas e caçambas, das Secretarias de Agricultura e de Infraestrutura, executando obras em pontes, bueiros e nas estradas. O objetivo é dar condições de tráfego o mais rápido possível e evitar que as propriedades e localidades fiquem isoladas”, ressalta o secretário de Agricultura, Jonas Will.

 

E por falar em agricultura, as perdas nas lavouras e com pastagem ultrapassam R$ 1,1 milhão. As atividades agrícolas mais afetadas foram o a piscicultura e cultivo do feijão, somando um prejuízo de quase meio milhão de reais. Produtores de milho e soja também ficaram no prejuízo. “Outra atividade bastante forte na nossa cidade é a produção de leite, que também foi gravemente afetada. Além da pastagem ficar comprometida, muitas famílias não conseguiram escoar a produção, perdendo uma grande quantidade de leite”, destaca o vice-prefeito Dirceu Leite.

 

Já os rizicultores, mesmo com a colheita do arroz concluída, registraram danos na estrutura das arrozeiras. As taipas se romperam, exigindo um investimento de aproximadamente R$ 75 mil para fazer a recuperação. “Já estamos em contato com o Governo Federal, em busca de uma saída para os agricultores. O pedido é de que as dívidas agrícolas sejam parceladas e, até mesmo, renegociadas”, observa o prefeito Urbano José Dalcanale.

 

Outra medida adotada pelo Executivo Municipal foi a assinatura de um decreto de Situação de Emergência por causa da enxurrada. A Defesa Civil já trabalha na elaboração de relatórios e no repasse de informações ao Ministério da Integração Nacional, através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.

 

O levantamento de dados inclui uma série de documentos, entre fotos, laudos técnicos e ofícios. “Temos um prazo de 15 dias a partir da data do registro dos danos, para concluir o preenchimento minucioso do relatório com os dados específicos”, comenta o coordenador da Defesa Civil municipal, Marcos André Scheller. Para as famílias que tiveram as casas afetadas pela água do rio foram solicitados kits de cesta básica à Secretaria de Estado da Defesa Civil. 

 

Segundo o prefeito, essa foi uma das maiores cheias que a cidade já enfrentou nos últimos 50 anos.

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