A família do brasileiro Kesley Vial, 23 anos, precisa de ajuda para levar o corpo do jovem de Houston, no Texas, até Dumbury, em Connecticut, onde ele se reencontraria com a mãe. O jovem morava em Camboriú e morreu sob custódia da agência de imigração dos Estados Unidos na quarta-feira (24), cerca de quatro meses após ser preso ao tentar atravessar a fronteira com o México.
O primo dele, Dayvison Correa da Silva, contou ao g1 que mãe e filho não se viam há quase 20 anos, desde que ela se mudou para os Estados Unidos. Kesley morava em Santa Catarina com a avó. Nas redes sociais, a mãe de Kesley fez um desabafo e pediu ajuda para o translado do filho.
Todos que puderem me ajudar doando qualquer quantidade. Passei 19 anos longe dele, sempre na esperança de dar uma vida digna a ele. Meu maior sonho era lutar para que um dia estivesse aqui comigo — escreveu.
Familiares e amigos criaram uma vaquinha online. O valor estipulado foi de R$ 28 mil. Até as 8h desta segunda-feira (29), R$ 16.847 foram arrecadados. Ainda é preciso mais de R$ 11 mil.
Quem era Kesley Vial
O jovem é natural de São Paulo, mas residia com a avó em Camboriú há pelo menos 10 anos. Ele tentou entrar no país sem documentação e foi detido por agentes da patrulha de fronteira. Segundo o amigo, Mateus Henrique dos Santos Koch, com quem compartilhou a adolescência, ele desejava encontrar a mãe.
Ele não via ela há mais de 15 anos. Eles praticamente iriam se conhecer de novo. Era um sonho dos dois — relata o amigo.
A imigração americana diz que o jovem teria sido capturado em 22 de abril, porém admite que a data pode não ser exata. Após ser detido, o brasileiro foi transferido para a custódia da ICE em El Paso em 29 de abril para aguardar o seu procedimento de deportação. Ele foi levado para um centro de detenção em Torrance, no estado do Novo México, enquanto aguardava o andamento do processo.
No dia 17 de agosto, Kesley foi encontrado inconsciente no centro de detenção, e no dia 24 de agosto morreu em um hospital para o qual foi encaminhado.
Fonte:NSC