Rui Car
08/04/2019 09h05 - Atualizado em 08/04/2019 09h29

Fernando Haddad (PT) esteve em SC

A campanha eleitoral fez de Haddad uma espécie de herdeiro de Lula

Assistência Familiar Alto Vale
Por Upiara Boschi - NSC

Por Upiara Boschi - NSC

Delta Ativa

Espécie de herdeiro de Lula entre os petistas, Fernando Haddad veio a Florianópolis pela terceira vez em pouco mais de ano. No sábado, na Escadaria do Rosário, reuniu militantes petistas e também de partidos mais ou menos aliados – PSOL, PDT, PCdoB, Rede – em um evento de tons de coalizão de esquerda em torno da liberdade do ex-presidente, que completaria um ano preso no dia seguinte.

 

A militância petista celebrou a vinda de seu última candidato presidencial, mas é flagrante que o retorno de Haddad gerou impacto menor do que o estimado – a palestra do psolista Guilherme Boulos na UFSC, mês passado, teve maior adesão e até reações críticas à direita que não registraram desta vez.

 

A primeira passagem de Haddad por Florianópolis foi em março de 2018, na caravana que trouxe Lula a Florianópolis para um comício no largo da Catedral. Petistas e simpatizantes vieram do Estado todo para tomar aquele espaço, um verdadeiro comício do ex-presidente. Já apontado como plano B para caso de a candidatura de Lula ser barrada pela Justiça Eleitoral, Haddad fez um discurso discreto e pouco chamou atenção. Em setembro, a estrela era Haddad – já candidato ao Planalto. O local era o mesmo, mas o público já era visivelmente menor. No segundo turno, o petista perdeu por acachapantes 76% a 24% entre os catarinenses.

 

A campanha eleitoral fez de Haddad uma espécie de herdeiro de Lula e assim ele se comporta – inclusive nessas caravanas Lula Livre. Mas a questão que surge é como essa esquerda vai conseguir falar para além dos seus e se é mesmo o PT quem vai liderar esse processo. Sem isso, não vai se reorganizar para fazer frente à onda conservadora – que é maior do que Bolsonaro.

Justen Celulares