O Ministério Público de Santa Catarina, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) deflagrou na manhã desta sexta-feira (2) a Operação “Olho na Vaga”. A investigação apura supostas irregularidades em um concurso público realizado pelo poder público de Laurentino.
Segundo informado pelo Ministério Público, dois mandados de prisão temporária e outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Tubarão, no Sul Catarinense, e em Agronômica. Os endereços dos cumprimentos dos mandados e a identidade das pessoas envolvidas não foram reveladas.
A investigação do Ministério Público apura suposta facilitação ofertada a candidatos para o preenchimento do gabarito das provas com a participação de representantes da empresa organizadora. Entre os investigados, segundo o MP, está o representante legal da banca do concurso, o responsável pela empresa contratada, o funcionário que participava dos pregões presenciais e das licitações, assim como eventuais candidatos beneficiários das fraudes.
As ordens judiciais foram expedidas pela Vara da Comarca de Rio do Oeste, atendendo a um pedido realizado pela Promotora de Justiça Lanna Gabriela Bruning Simoni.
O que diz o Município de Laurentino
Procurado pela reportagem, o prefeito Marcelo Tadeo Rocha (MDB) afirmou que esta nova operação é na verdade um desdobramento de uma investigação anterior, que apura supostas irregularidades relacionadas a um edital de concurso público da Câmara de Vereadores de Laurentino.
“Na verdade esta operação é relacionada ao poder público municipal, porém, à Câmara de Vereadores. A parte relacionada à prefeitura, ao que chegou de conhecimento, é que um funcionário público do município estaria envolvido, mas isso está sub judice. O Ministério Publico está apurando o caso”, afirmou o prefeito.
Também procurada, a assessoria jurídica da Câmara de Vereadores de Laurentino optou por se manifestar em momento mais oportuno, aguardando o desenrolar dos trabalhos do Gaeco no decorrer desta sexta-feira (2).
“Gostaria de destacar que o caso não envolve diretamente o município, uma vez que também não houve cumprimento de mandados aqui”, finalizou o prefeito.
Fonte: Lucas Adriano / ND+