Rui Car
28/07/2021 11h39

Golpistas se passam por funcionários do Ministério da Saúde para aplicar novo golpe em Taió

Golpistas usam nome de pesquisa em andamento para abordar vítimas e invadir celulares

Assistência Familiar Alto Vale
Golpe do WhatsApp x pesquisa do Ministério da Saúde sobre Covid: saiba como não ser vítima de crime (Foto: Bruno Alencastro)

Golpe do WhatsApp x pesquisa do Ministério da Saúde sobre Covid: saiba como não ser vítima de crime (Foto: Bruno Alencastro)

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Golpistas estão usando o nome de uma pesquisa verdadeira realizada pelo Ministério da Saúde para aplicar golpes no Alto Vale. A Rádio Educadora 90,3 FM recebeu a denúncia de um comerciante de Taió que foi vítima de um destes golpistas, porém descobriu a farsa a tempo.
 
O proprietário do estabelecimento alerta para que todos os lojistas do município e redondezas redobrem a sua atenção, porque o Ministério da Saúde não solicita nenhum código para confirmar informações ou dados pessoais dos participantes.
 
De fato, selecionados para participar da “Pesquisa de Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil (PrevCOV) ” já estão recebendo ligações do Ministério da Saúde para realização da entrevista e agendamento de coleta de sangue.
 

Mas, atenção:

 

 – Os participantes já foram contatados por SMS/Whatsapp (sem uso de códigos) para informar que foram selecionados para participar da pesquisa;

 

 – Além disso, os participantes do estudo são os mesmos que fizeram parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Covid/IBGE), que ocorreu em 2020;

 

 – Quem quiser saber se está na lista, basta ligar na Ouvidoria, no número 136. No mesmo telefone podem ser tiradas quaisquer dúvidas sobre o estudo;

 

 – Os selecionados receberão uma ligação para confirmar a participação no estudo (novamente sem uso de códigos) ; realizar entrevista e agendar coleta de material biológico de todos os moradores da residência que aceitarem participar.

 

Como é o golpe

 

O alerta é importante porque golpistas vêm usando o nome do Ministério da Saúde para aplicar golpes, na tentativa de clonar aplicativos das vítimas, roubar dados e obter dinheiro de forma ilícita.

 

Em uma das modalidades, o criminoso se passa por funcionário do Ministério da Saúde e afirma que está fazendo uma pesquisa sobre o novo coronavírus para tentar clonar o WhatsApp da vítima.

 

O golpista faz algumas perguntas aleatórias sobre o perfil do interlocutor e em dado momento da conversa envia números ao receptor da ligação dizendo que são o protocolo de atendimento.

 

Na verdade, o que ele está enviando são dígitos que , uma vez compartilhados, permitem acesso ao WhatsApp do “pesquisado.”

 

Em posse da conta roubada, ele pode se fazer passar pela vítima para pedir empréstimos a seus amigos e parentes, por exemplo.

 

Objetivo da pesquisa

 

O Ministério da Saúde anunciou em maio que irá conduzir um estudo sobre a prevalência do novo coronavírus em 274 municípios por meio da coleta e análise de sangue de mais 211 mil pessoas. O objetivo da PrevCOV é estimar quantas pessoas tiveram a Covid-19 no Brasil, para compreender a doença e seus fatores de risco a fim de combatê-la e preveni-la.

 

As coletas de sangue começam em 7 de junho. Os selecionados na PrevCOV serão contatados até 10 de julho.

 

Nenhum participante terá seus dados divulgados. Os resultados dos exames poderão ser consultados pelos participantes, por sistema próprio construído para a pesquisa, e instruções específicas serão dadas no momento da consulta.

 

Depois, profissionais de saúde de laboratório do Grupo Pardini (empresa contratada) farão visita em domicílio para coletar amostra de sangue dos moradores da residência selecionada.

 

Todos os participantes receberão o termo de consentimento livre e esclarecido e os menores de 18 anos deverão ter autorização dos pais ou responsáveis para participar do estudo.

 

Após a coleta de sangue o laboratório irá identificar e transportar as amostras para laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que realizará a análise para SARS-CoV.

 

A metodologia será a de detecção do IgG, que permite detectar a resposta à infecção e resposta vacinal.

 

As amostras coletadas farão parte da soroteca nacional de Covid-19 com outras milhares de amostras. A participação no estudo é essencial para entender a dinâmica da doença no Brasil e adotar medidas de prevenção e controle da Covid-19.


FONTE: RÁDIO EDUCADORA 90,3 FM / G1

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