Rui Car
18/01/2024 09h22

Governo de SC vai vender e permutar imóveis para cobrir despesas previdenciárias

São aproximadamente 3.200 imóveis sob posse do Estado

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Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

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O economista e ex-presidente do Iprev (Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina), Vânio Boing, ganhou um novo desafio no último dia 10 ao assumir a Secretaria de Estado da Administração.

 

Em entrevista ao Grupo ND na quarta-feira (17), ele contou que terá como metas iniciais colocar em funcionamento o Programa Compras SC, que irá centralizar o setor de compras do Estado; e o Programa de Investimentos Mobiliários, que permitirá a permuta e concessão de imóveis subutilizados e que integram o patrimônio estadual.

 

Boing destacou que o objetivo do Compras SC é fazer uma redução de custos para os cofres do Estado. Ou seja, centralizar as aquisições em apenas um lugar. A perspectiva com a centralização é ter uma economia na ordem de aproximadamente R$ 300 milhões ainda este ano.

 

A missão que o governador nos passou é que isso esteja funcionando e tenha resultados já no fim deste ano. Não tenho dúvidas que centralizando teremos uma redução de custos muito grande. Nós estamos tentando desburocratizar o máximo para que o Estado tenha uma contenção de despesas”, disse Boing.

 

De acordo com o secretário, as compras devem ser feitas no momento certo, tendo em vista que os sistemas de entrega e de logística são mais ágeis, em comparação com anos atrás.

 

Então você tem que fazer menos compras durante mais tempo para gastar menos e centralizar em um único local. Essa é a finalidade”, reforçou.

 

Venda e permuta de imóveis do governo de SC

 

Já o Programa de Investimentos Imobiliários é visto como uma fonte de recursos para investimentos no Estado e para cobrir a insuficiência previdenciária. Segundo o secretário, o Estado tem aproximadamente 3.200 imóveis.

 

O programa, que ainda passará por análise e votação na Assembleia Legislativa, é focado em três pilares: alienação, ou seja, vender o imóvel, já que ele não tem utilidade; permuta real por área; e criação de fundo de investimento imobiliário.

 

O Estado detém um terreno, esse terreno o Estado não vai empreender, porque a finalidade do Estado não é empreender. Então o objetivo é encontrar um parceiro privado que empreenda em cima do terreno e permute em área com o Estado que vai começar a ganhar”, disse o secretário.

 

Segundo ele, esses imóveis hoje geram ônus com segurança, vigilância e até invasões, e agora passarão a ter retorno financeiro para o Tesouro estadual. Parte desses recursos serão usados para manter ou pagar a insuficiência previdenciária do serviço público.

 

Só no ano passado, essa insuficiência financeira foi coberta pelo Tesouro e apresentou algo em torno de R$ 6 bilhões”.

 
Fonte: Paulo Rolemberg / ND+
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