Assessoria de Imprensa
A delegada da Polícia Civil de Rio do Sul, Elisabete da Cruz Pardo Figueiredo, aguarda autorização da justiça para iniciar a verificação de todas as gravações registradas em um computador da Policlínica de Referência Regional. O sistema estava interligado a dois equipamentos de grampo telefônico que captavam as ligações de pelo menos oito ramais da Secretaria de Saúde.
Sabe-se por enquanto que dois equipamentos faziam a interceptação desde agosto de 2015, somente quando o computador estava ligado. A delegada esteve na prefeitura de Rio do Sul na manhã desta sexta-feira para uma entrevista coletiva junto com o prefeito José Thomé, o procurador-geral do município, Luiz Felipe Athayde, além do vice-prefeito Paulo Cunha, secretários e membros do governo.
A existência de grampos foi descoberta através de denúncia anônima na tarde de quarta-feira (4). A Polícia Civil foi chamada para averiguar o caso e constatou que eram sim, equipamentos de grampo telefônico e que estavam em funcionamento.
A delegada já ouviu três testemunhas e a Polícia Civil continua analisando o caso, assim como aguarda a autorização para apreciar as gravações. No entanto, ela já adiantou que independente do conteúdo ou finalidade, a interceptação ilegal é crime passível de prisão de dois a quatro anos. Se constatado, funcionários envolvidos podem sofrer ainda sanções administrativas.
O prefeito José Thomé lamentou a existência de gravações telefônicas na Secretaria de Saúde e estuda com a equipe jurídica da prefeitura a varredura em outros setores. “É uma situação muito constrangedora, até covarde, pois se descobre que há telefones sendo gravados há tanto tempo e não se sabe a finalidade. A investigação deve continuar e temos total interesse para que, se assim verificados, os envolvidos sejam punidos”, comentou o prefeito.
