Foto: Patrick Rodrigues / NSC Total
Um grave acidente entre uma van e uma carreta deixou mortos e feridos na BR-470, em Gaspar, na manhã desta sexta-feira (4). Informações iniciais dos bombeiros militares indicam que ao menos três pessoas morreram no local, na altura do bairro Belchior. O trânsito ficou totalmente bloqueado no trecho para atendimentos às vítimas.
O chamado aos socorristas ocorreu pouco depois das 6h. A carreta com placas de Ituporanga e a van bateram frontalmente. A Polícia Científica de Blumenau foi até o trecho, próximo à empresa Segalas, para recolher os corpos. Oito sobreviventes foram atendidos por equipes em mais de sete viaturas dos bombeiros e SAMU da região. A maioria deles foi levada para os hospitais de Blumenau.
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Às 7h30 os bombeiros confirmaram as três mortes. Nesse horário o trânsito já voltava a fluir lentamente em ambos os sentidos, sob coordenação da Polícia Rodoviária Federal. Ainda assim, houve momentos de interdição total para retirada das vítimas até perto das 8h. O fluxo só voltou ao normal perto das 12h30min.
O helicóptero Arcanjo prestou apoio às equipes terrestres. O estado de saúde dos sobreviventes era “estável”, informaram os hospitais de Blumenau e Gaspar.
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Caminhoneiro detalha como foi acidente
O caminhoneiro que sobreviveu ao acidente contou que a falta de sinalização no local pode ter sido um fator determinante para a colisão frontal acontecer. Segundo ele, o motorista da van trafegava tranquilamente na contramão, como se acreditasse estar em uma pista dupla.
Anderson dos Santos saiu do Mato Grosso com a carreta carregada de grãos. O destino era Rio do Sul. Ao passar por Gaspar, porém, relata que teve o trajeto interrompido pela van. O quilômetro, que fica perto da empresa Segalas, está em obras de duplicação. Sem sinalização no solo, em meio à escuridão e em uma curva, Anderson descreve que o outro condutor — que morreu no local — agiu como se estivesse no sentido correto.
“Ele veio ‘podando’ os outros veículos tranquilamente, pela esquerda. Acredito que achou que eram duas faixas porque estava muito ‘de boa’”, relembra.
O profissional não conseguiu desviar porque as pistas da esquerda em obras são mais elevadas, o que impossibilitou qualquer manobra de fuga. Os veículos, então, bateram de frente. Das 11 vítimas, três morreram no local. As demais foram levadas a hospitais de Blumenau e Gaspar e têm o estado de saúde considerado estável, informaram as unidades de saúde.
O caminhoneiro não se machucou. A Polícia Rodoviária Federal não se manifestou sobre as condições da via e explicou que a causa do acidente está sendo investigada. Em nota, o Departamento de Trânsito e Transportes (DNIT), responsável pelas obras de duplicação da BR-470, sustentou que sinaliza os trechos com “uso de cones, cavaletes, placas, e demais dispositivos”.
“Além disso, o departamento tem informado a comunidade com antecedência sobre desvios, liberações, restrições de tráfego e demais informações pertinentes para o usuário. A autarquia ressalta que, além dessas ações, estuda novas medidas para melhorar a trafegabilidade, a fluidez e a segurança na rodovia”, defendeu o órgão.
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Falta de sinalização
Para o especialista em trânsito Fábio Campos, a falta de uma boa sinalização é item importante na soma de fatores que causam um acidente. Segundo ele, é visível que a BR-470 tem pontos problemáticos nesse quesito. No caso de Gaspar, justamente por se tratar de uma curva e sem área de escape é que a sinalização deveria estar em todas as partes, incluindo com materiais de fácil visualização, como lâmpadas.
“Onde tem obra a sinalização tem que ser redobrada. Não estou culpando somente a falta dela como causa do acidente, mas é um dos fatores”, diz.
Os nomes das vítimas ainda não foram confirmados. Na van estavam trabalhadores que seguiam para atuar em uma obra em Balneário Piçarras, contaram os bombeiros militares. Diversas ferramentas foram encontradas dentro do veículo destruído pelo impacto. Todos os homens seriam parentes.
