A repercussão do caso da mulher arrastada por 800 metros embaixo de um carro, em Rio do Sul, ganhou um novo desdobramento.
Após o pedido de anulação do julgamento pela acusação, o juiz Cláudio Márcio Areco Júnior, determinou a juntada das imagens do júri popular, que agora devem constar nos autos do processo.
A sessão do júri, realizada no dia 5 de maio, teve mais de 15 horas de duração. O julgamento foi transmitido ao vivo pelo canal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina).
As imagens foram resgatadas a agora constam dos autos do processo que tramita na justiça. Segundo o magistrado, qualquer pessoa pode solicitar as imagens e informações sobre o processo.
Acusação pediu anulação
O julgamento realizado no início de maio terminou inocentando Júlio César Leandro da intenção de matar Maristela Strighini. A acusação de tentativa de homicídio foi entendida como lesão corporal culposa no trânsito, crime já prescrito.
No dia 18 do mesmo mês, o assistente de acusação do Ministério Público, Luiz Vicente de Medeiros, ingressou com uma apelação solicitando ao TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) a anulação do julgamento.
Ele sustentou que o juiz que presidiu a sessão do júri não foi imparcial e, por parte dos jurados, a decisão foi contrária às provas apresentadas. A antecipação da prescrição da pena também foi questionada na apelação.
Juiz não quer dúvidas sobre lisura do julgamento
Sobre a falta de parcialidade, o juiz Cláudio Márcio Areco Júnior, informou que garantiu as imagens para não haver dúvidas sobre a lisura do julgamento.
“Considerando-se que há gravação integral da sessão plenária, esta deve integrar os autos para possibilitar o mais perfeito julgamento”, diz.
O assistente de acusação Luiz Vicente de Medeiros comemorou a juntada das imagens e acredita que elas servirão para reforçar a anulação do julgamento. “São provas de que a defesa não sustentou homicídio privilegiado”, disse o advogado de Maristela.
Fonte: Kelley Alves / ND+