Rui Car
08/12/2020 17h11 - Atualizado em 09/12/2020 06h13

Infraestrutura de SC demanda investimento anual de R$ 4,9 bilhões, diz Fiesc

Fiesc apresentou na tarde desta segunda-feira (07) as demandas no setor de infraestrutura e logística para os próximos quatro anos

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Foto: Divulgação/Ministério da Infraestrutura

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A Federação das Indústrias do Estado de SC (Fiesc) apresentou na tarde desta segunda-feira (07) as demandas no setor de infraestrutura e logística para os próximos quatro anos. Segundo a entidade, o Estado precisa de um investimento de R$ 19,9 bilhões até 2024, entre obras rodoviárias, ferroviárias, dutoviárias, aeroviárias, e aquaviárias. Isso equivale a cerca de R$ 4,97 bilhões ao ano no período, com recursos federais, estaduais, municipais e privados.

 

A maior parte dos R$ 19,9 bilhões corresponde a investimentos em rodovias (R$ 15,7 bilhões). Na sequência, estão as necessidades aquaviárias (R$ 1,5 bilhão), aeroviárias (R$ 1,3 bilhão), ferroviárias (R$ 981 milhões), e dutoviárias (R$ 400 milhões).

 

“A precariedade da infraestrutura tem impactado na competitividade de Santa Catarina. O Estado tem uma indústria diversificada e altamente dependente da nossa infraestrutura de transporte. Por essa razão a Fiesc vem ao longo dos anos trazendo a agenda de demandas e soluções”, disse o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar.

 

As demandas mais urgentes são as rodovias federais. Segundo a Fiesc, para adequar as vias com a atual demanda, são necessários R$ 840 milhões ao ano. Os focos são a BR-280 (R$ 200 milhões), BR-470 (R$ 149 milhões), BR-163 (R$ 52,5 milhões), e BR-282 (R$ 36 milhões). Esses são valores estipulados pela entidade para que as estradas possam atender minimamente o grande volume de tráfego. 

 

O montante é somente para investimentos. A Fiesc aponta ainda que o governo federal deveria alocar mais R$ 400 milhões anuais apenas para manutenção e restauração das rodovias, como ações de roçada, pintura, tapa-buracos, por exemplo.

 

BR-101

 

Outra rodovia que carece de investimentos é a BR-101. A Federação fez um estudo especial para a rodovia, já que ela abrange mais da metade do PIB catarinense e está saturada em muitos pontos.

 

Para isso, a entidade sugere a finalização do contorno viário da Grande Florianópolis e a inclusão no planejamento de um contorno viário para Joinville e outro para a região de Itajaí e Balneário Camboriú. Além disso, pede a adoção do método free flow para cobrança de pedágios (por km rodado) e a possível extensão do contrato de concessão com a Arteris.

 

“Se nós aplicarmos o free flow, teremos uma quantidade maior de pessoas, praticamente 100%, contribuindo com o uso da BR-101. Assim não necessitaria aumentar a tarifa e aumentaria a arrecadação, que se reverteria em prol de investimentos para melhoria da trafegabilidade e da segurança”, disse Aguiar. Segundo ele, não é apenas a indústria que precisa da 101, mas também o turismo.

 

A principal preocupação da entidade é de que a saturação da BR-101 vai afetar a competitividade e acesso aos portos do litoral catarinense, como em Imbituba, Itapoá, Itajaí e Navegantes. Hoje, cerca de 20% de todos os contêineres do país chegam ou saem por Santa Catarina.   

 

BR-282

 

Para a BR-282, a entidade estuda a aplicação de melhorias no trecho entre Lages e Florianópolis. A ideia é fazer um trabalho semelhante ao realizado com a 101, apontando gargalos, necessidades de terceiras pistas e outras obras de segurança para os usuários. O projeto foi batizado de “BR-282 + Segura e Eficiente”.

 

O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC), Ronaldo Carioni Barbosa, participou do lançamento e disse que o órgão mapeou a implantação de terceiras faixas em 71 km do trecho, sendo que a primeira fase contemplará 16 km. Segundo ele, o investimento será importante para garantir ultrapassagens mais seguras. 

 

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, Jean Coelho, foi na mesma linha e defendeu que o DNIT faça terceiras faixas com extensão menor, mas em maior quantidade, para que o motorista de carro leve tenha mais oportunidades de ultrapassar ônibus e caminhões. Segundo ele, o trecho é complexo e sinuoso, e registra muitos acidentes. 


FONTE: REDE CATARINENSE DE NOTÍCIAS


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