Rui Car
08/02/2017 07h59

Justiça bloqueia bens de ex-prefeito acusado de enterrar carros da frota, em SC

Ex-prefeito disse que mandou enterrar veículos para evitar Aedes aegypti

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G1 SC

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Na cidade de Rodeio, no Vale do Itajaí, a Justiça bloqueou parte dos bens de três agentes públicos. Eles decidiram enterrar dois carros da frota que não estavam mais sendo usados, como mostrou o RBS Notícias desta terça-feira (7).

 

O ex-prefeito Carlos Alberto Pegoretti disse que mandou enterrar os veículos para evitar que virassem criadouros do mosquito da dengue. Isso porque os automóveis foram colocados em um pátio a céu aberto desde que saíram de circulação. O G1 tentou contato com a defesa do ex-prefeito, mas não obteve êxito até a publicação desta notícia.

 

Pegoretti disse que não leiloou porque um dos carros estava alienado a um banco falido e o outro pertencia ao governo do estado. A decisão de enterrar os veículos envolveu também o vice-prefeito da época, Genor Girardi, e o ex-diretor de obras Luiz Carlos Rosá. O G1 não conseguiu localizar a defesa deles até a publicação desta notícia.

 

O ex-prefeito ficou no comando do município de 2005 a 2012, mas a situação só foi descoberta quando a gestão que assumiu em 2013 teve acesso aos documentos dos carros. Imagens dos veículos sendo retirados da terra foram divulgadas pelo Jornal de Santa Catarina.

 

Ação civil pública
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está processando os três envolvidos por improbidade administrativa, o que prevê multas e a obrigação de ressarcir os cofres públicos. Somados, os valores dos bloqueios chegam a R$ 77 mil.

 

De acordo com o MPSC, os bens foram bloqueados para garantir o ressarcimento aos cofres públicos caso a Justiça julgue procedente a ação. Um dos carros enterrados era do município, o outro, do governo do estado.

 

Até o início da gestão de Pegoretti, em 2005, ainda segundo o MPSC, os veículos tinham ficado guardados na garagem da prefeitura. Quando ele assumiu, foram transferidos para o pavilhão de eventos Villa Italiana, onde ficaram sujeitos ao tempo e à ação de vândalos.

 

O MPSC argumentou que, mesmo que os veículos não pudessem ser usados, poderiam ter sido vendidos enquanto ainda tinham valor econômico. As sucatas foram leiloadas após serem encontradas.

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