Rui Car
04/05/2018 15h40 - Atualizado em 04/05/2018 15h11

Justiça manda réu acusado de matar professor indígena do Alto Vale, passar por exame de saúde mental

Marcondes Namblá morreu depois de ter sido espancado numa rua

Assistência Familiar Alto Vale
G1 SC

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A Justiça mandou que o acusado de matar o professor indígena Marcondes Namblá, de 38 anos, passe por exame de saúde mental. Gilmar César de Lima, de 23 anos, é réu por homicídio qualificado (motivo fútil e sem chance de defesa da vítima) e está preso preventivamente em Blumenau. A vítima foi espancada no dia 1º de janeiro em Penha, no Litoral Norte, e morreu no dia seguinte.

 

A determinação, que atende ao pedido da defesa do acusado, é do juiz Mauro Ferrandin, do dia 18 de abril. No despacho, ele diz que há indícios de que o réu possa ter “grave” doença mental e, por ora, suspendeu o processo. Antes, a Justiça havia negado pedido de avaliação mental. O G1não conseguiu falar com a defesa de Lima, que já confessou o assassinato.

 

primeira audiência do processo ocorreu em abril. O réu deverá ir a júri popular pelo crime. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Namblá era professor na aldeia Laklãno, em José Boiteux. Conforme a família, ele trabalhava em Penha para ganhar dinheiro extra com a venda de picolés.

 

O crime

Marcondes foi espancado durante a madrugada, enquanto caminhava pela avenida Eugênio Krause. Uma câmera de segurança registrou o momento em que ele é atacado. Depois de levar o primeiro golpe na cabeça, o indígena caiu e continuou sendo agredido.

 

Conforme a denúncia, Lima deu aproximadamente 20 pauladas na vítima, que foi encontrada horas depois e chegou a ser internada, mas morreu no dia 2 de janeiro. O acusado foi preso 13 dias depois.

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