Rui Car
27/03/2017 13h39

Mãe de bebê morto em SC é presa suspeita do crime

Vizinha relatou que na noite da morte criança chorou desesperada

Assistência Familiar Alto Vale
G1 SC

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A mãe do bebê de dois meses morto após sofrer agressões na madrugada de domingo (26) em Capinzal, no Oeste catarinense, foi presa preventivamente na manhã desta segunda-feira (27). O delegado José de Castilhos suspeita que ela possa ter participado do crime.

 

O pai da criança, de 21 anos, foi preso em flagrante ainda no domingo, suspeito de causar a morte do filho. “Em depoimento, uma vizinha relatou que, das 23h de sábado (25) até 1h de domingo, a criança chorava de forma desesperada. Ela se incomodou e ligou para o 190 para intimidar o casal e disse que depois o choro parou. Mais tarde ela tomou conhecimento da morte do bebê”, contou o delegado.

 

Causas da morte
Antes da conclusão do laudo cadavérico, o Instituto Médico Legal (IML ) de Joaçaba informou ao delegado que a morte da criança foi causada por traumatismo craniano. “O bebê tinha hematomas difusos pelo corpo, sobretudo nas costas. Ele apresentava um corte no lábio superior e afundamento do crânio”, relatou.

 

De acordo com o delegado, o pai e a mãe do bebê não deram uma versão para a morte do filho. “A mãe diz que deixou o bebê com o pai das 2h às 4h, mas ele diz ter ficado meia hora com o filho e ao ir até o carrinho, o encontrou morto, que não sabia das lesões. Ele joga a responsabilidade para a mãe, porque ela ficava a maior parte do tempo com a criança. A nossa suspeita é de ela possa ter participado do crime, tenha praticado maus tratos”, disse José de Castilhos .

 

Prisões
A jovem de 22 anos foi conduzida ao Presídio Regional de Joaçaba assim como o pai do bebê, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. “A prisão de ambos não tem data para acabar. Agora, aguardamos os laudos do IGP para avaliar se novas evidências ajudam a explicar a morte da criança”, informou.

 

A Polícia Civil deve ouvir outras pessoas que participavam da vida da criança para auxiliar nas investigações. “Queremos saber se outros ouviram ou presenciaram algo entre os pais e o bebê. O fato é que morava apenas o casal com o filho na residência e alguém causou a morte da criança”, diz o delegado.

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