Alegre, trabalhadora, comprometida com o trabalho. Assim era descrita, por familiares e colegas, Jaqueline Zimmermann Rohde, de 23 anos. A jovem levou um tiro na cabeça na última segunda-feira e morreu no Hospital Regional do Alto Vale na noite desta sexta-feira (15).
O crime foi na cidade de Dona Emma e o responsável seria o ex-companheiro da jovem, Dielson Francisco Alves, de 27 anos.
Inconformada com a tragédia, a mãe da jovem diz ainda não acreditar no que ocorreu. Lenir Zimmermann conta que o casal estava junto há oito anos e que os episódios de violência contra Jaqueline eram frequentes. Recentemente, a vítima decidiu por fim ao relacionamento, mas Dielson não aceitava.
“Ele saiu de casa uns dias e no sábado voltou, espancou minha filha. No domingo ficou mandando mensagens e chantageando. Na segunda-feira fez uma emboscada e aconteceu isso”, afirma Lenir.
A mãe conta que pressentiu que algo ia acontecer, mas a filha não acreditava que o ex-companheiro seria capaz de matá-la. Jaqueline foi baleada por volta das 17h30min da segunda-feira, dentro da casa onde os dois viveram juntos.
Ela tinha acabado de voltar do trabalho quando Dielson entrou na casa e fez o disparo. Na sequência ele tirou a própria vida.
“Ela queria ter as coisinhas dela, filhos. Agora foi tudo interrompido”, lamenta a mãe de Jaqueline.
Na confecção onde trabalhava, também em Dona Emma, era conhecida pelo comprometimento. O proprietário da empresa, Oscar Tavares, diz que ela era uma das melhores funcionárias.
“Todos estão muito abalados”, conta o empresário.
Na confecção atuam cerca de 180 pessoas e todos conheciam Jaqueline. Tavares diz que sabiam de um episódio de separação dela, mas que o casal teria reatado. Sobre os episódios de violência doméstica a empresa não teria conhecimento.
Jaqueline Zimmermann Rohde foi enterrada neste sábado às 15h.
Por Talita Catie – NSC