Rui Car
27/08/2020 16h47

Médico é suspenso por suspeita de abreviar vida de pacientes em SC

Ele é investigado por suspeitas de que tenha abreviado a vida de pelo menos oito pacientes internados na UTI, entre 2017 e 2019

Assistência Familiar Alto Vale
Fonte: NSC  (Foto: Lucas Correia, Arquivo NSC)

Fonte: NSC (Foto: Lucas Correia, Arquivo NSC)

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O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) interditou cautelarmente um médico do Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. Ele é investigado por suspeitas de que tenha abreviado a vida de pelo menos oito pacientes internados na UTI, entre 2017 e 2019.

 

 

O afastamento foi decidido em razão de um processo ético profissional, que está em andamento no Conselho. A interdição é válida por seis meses, período em que o profissional está proibido de exercer a medicina. Além de Itajaí, ele também atuou no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, e em clínicas privadas.

 

O médico responde ação na Justiça, movida esta semana pela 13ª Promotoria de Justiça de Itajaí. Nela, o promotor Maury Viviane requereu o afastamento do médico e a proibição de que ele exerça a atividade na saúde pública de Itajaí. O processo está sob análise da Vara da Fazenda Pública. O Ministério Público também pediu a instauração de inquérito policial, para investigar os fatos.

 

A representação contra o médico chegou ao MPSC em março deste ano por meio da Univali, onde ele era professor do curso de Medicina. O inquérito tramitou em sigilo na primeira fase, e incluiu a análise dos prontuários de pacientes que foram atendidos pelo médico no dia em que morreram, ou que tiveram a declaração de óbito assinada por ele.

 

O MPSC informou que, além das suspeitas de que pelo menos oito pessoas tiveram a vida abreviada pelo médico, ele também é investigado por outras infrações disciplinares. O profissional foi suspenso do Hospital Marieta no dia 14 de agosto, a pedido da Promotoria.

 

O hospital se manifestou por meio de nota. “O Hospital Marieta, como sempre, agirá dentro da legalidade acatando e cooperando com os órgãos competentes e de classe. Os fatos serão apurados conforme o sigilo dos processos determina. A direção salienta que a instituição nunca havia recebido qualquer denúncia referente ao gerente médico”.

 

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