Foto: Marcos Porto / Prefeitura de Itajaí
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A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 mudou a orientação sobre a vacinação de adolescentes sem comorbidades no Brasil.
Por meio de uma nota informativa, a Secretaria Extraordinária afirma que a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 apresentam evolução benigna e são assintomáticos e recomenda a aplicação dos imunizantes somente em adolescentes de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.
A nota cita ainda a miocardite, que é uma inflamação cardíaca, como um dos pontos considerados para a mudança. O cenário é de 16 ocorrências em 1.000.000 de pessoas que recebem duas doses da vacina.
Nenhum dos argumentos citados são novos ou vêm à tona depois da decisão inicial do Ministério da Saúde de liberar a vacinação. A recomendação agora é para que Estados e Municípios sigam a orientação do Programa Nacional de Operacionalização da Covid-19. Resta saber como adolescentes que já tomaram as vacinas vão ser orientados e como as Secretarias Estaduais e do DF vão reagir à decisão.
No início da semana, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pediu ao ministro Queiroga que priorizasse a aplicação da dose de reforço em idosos acima de 60 anos e suspendesse a vacina para adolescentes.
Em Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) divulgou uma nota na manhã desta quinta-feira (16) e orientou que os municípios mantenham a vacinação dos adolescentes, dando preferência aos grupos prioritários.
“A Secretaria de Saúde de Santa Catarina, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, está orientando, neste momento, que os municípios mantenham a vacinação dos adolescentes, priorizando aqueles dos grupos prioritários. Haverá uma reunião no período da tarde para deliberar sobre o documento emitido pelo Ministério da Saúde referente a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos de idade.”
