Rui Car
15/02/2019 16h35 - Atualizado em 15/02/2019 15h31

Moradores reclamam de destroços na BR-470

Segundo Dnit e motoristas, problema pode colocar em risco a vida de quem trafega pela rodovia

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Bryan Klug/DAV

Foto: Bryan Klug/DAV

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Uma situação que preocupa usuários da BR-470 têm sido tema de discussão nos últimos dias. Isso porque milhares de veículos transitam pela rodovia diariamente e os acidentes acabam sendo frequentes, mas muitas vezes os destroços de carros, cargas e até lixo acabam ficando jogados por meses nas pistas e no acostamento o que pode colocar em risco a vida de outros motoristas, além de poluir o meio ambiente.

 

O chefe de Serviço da Unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Cristhiano Zulianello, esclarece que nesses casos a responsabilidade pelo recolhimento é dos envolvidos no acidente. “A responsabilidade pelo recolhimento dos pedaços de carro que ficam remanescentes no acostamento por conta de algum acidente é do proprietário do veículo que provocou o acidente”.

 

O motorista, Anivaldo Riske, relata que isso não tem acontecido e acredita que a responsabilidade de recolher entulhos após acidentes deveria ser dos guinchos.

 

“Essa situação acaba gerando riscos de outros acidentes nas rodovias, além disso, a rodovia está se transformando em um depósito de restos de acidentes”, declarou ele.

 

O morador de Rio do Sul, que utiliza a BR-470 com frequência, disse que a situação está cada vez pior e por vezes já se sentiu prejudicado quando precisou parar em um acostamento.

 

“Por exemplo, na serra de Ibirama esses tempos tombou um caminhão de melancia, a carga ficou espalhada na pista e no acostamento e outro caminhão tombou e deixou restos de caixas no acostamento e restos de carro acidentado. Acho isso perigoso para outras pessoas que transitam pela via”, relata.

 

Riske afirmou ainda que em outros países a lei determina que as empresas de guincho são as responsáveis por retirar todos os restos e na prática tem funcionado muito bem.

 

“Eu sei de vários países onde além da retirada do veículo tem a retirada da sujeira que é feita por uma equipe de limpeza que trabalha juntamente com o guincho em equipe, e todo o local deve ficar limpo sem nada que impeça ou dificulte o acesso de outros veículos no local após um acidente”, destacou.

 

Já Zulianello explica que como em muitos casos os motoristas não recolhem os entulhos e peças, cabe ao Dnit fazer a retirada, que pode levar algum tempo.

 

“O que acontece hoje é que muitas vezes o Dnit acaba tendo que fazer o recolhimento desses materiais porque acaba prejudicando o sistema de drenagem da rodovia, além de colocar em risco a vida de outros motoristas e usuários que estão trafegando. Sempre que a PRF identifica o culpado pelo acidente e nos encaminha um ofício explicando o acidente que houve, nós tentamos incluir ele na dívida da União e ele passa ser um devedor por cometer danos ao patrimônio público”, esclarece.

 

Riske afirmou ainda que a lei deveria ser mais rigorosa e que situações assim deveriam ser encaminhadas ao Ministério Público. “Quero fortalecer essa denúncia ainda, fazendo mais uma denúncia no Ministério Público, porque isso não pode continuar dessa forma”, ressaltou.

 

 

Tatiana Hoeltgebaum – Jornal Diário do Alto Vale

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