Rui Car
13/09/2019 10h02 - Atualizado em 13/09/2019 10h36

Morre no hospital menina de 13 anos que levou facada da mãe em SC

Ela estava internada no Hospital Ruth Cardoso

Assistência Familiar Alto Vale
Jornal de Santa Catarina

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A adolescente de 13 anos que foi esfaqueada pela mãe, no dia 5 deste mês, na Avenida Atlântica em Balneário Camboriú morreu nesta quinta-feira (12). Ela estava internada no Hospital Ruth Cardoso há uma semana e teve a morte cerebral confirmada pelos médicos da unidade de saúde.

 

De acordo com a Polícia Civil, a garota foi atingida no peito. A mulher atacou a filha com uma faca que teria encontrado em um quiosque, na beira da praia, após descobrir que ela estaria vivendo com um vendedor ambulante – um homem de 32 anos.

 

Segundo o delegado Ícaro Malveira, responsável pelo caso, mãe e filha são de Foz do Iguaçu (PR) e estavam em Balneário Camboriú há dois meses. Elas conheceram o ambulante na praia, e teriam vivido com ele por um período, antes de se mudarem para Bombinhas.

 

No dia do crime, a mãe teria descoberto que a garota estaria com o homem, e seguiu para Balneário Camboriú em busca da filha. Os três se envolveram em uma discussão, que resultou na tentativa de homicídio.

 

A mãe da vítima foi presa pela Guarda Municipal de Balneário Camboriú. A mulher teria relatado aos guardas que tentou esfaquear o homem, mas a filha entrou em sua frente para protegê-lo. Ao delegado, no entanto, afirmou que não tentou acertar nenhum dos dois, e que atingiu a filha por acidente.

 

A mulher teve a prisão em flagrante confirmada pela Polícia Civil, por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. O vendedor ambulante que estava com a adolescente é alvo de um inquérito por estupro de vulnerável – ele admitiu que vinha mantendo relações com a menina, mas como não houve flagrante ele não foi preso.

 

De acordo com o delegado Ícaro Malveira, caso tenha ocorrido oferecimento da denúncia por parte do Ministério Público, ele não pode mais alterar o indiciamento. Contudo, isso não acarreta problema, pois o MP pode aditar a denúncia, informando a consumação do delito.

 

Em consulta ao Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP), o delegado verificou que a suspeita passou por audiência de custódia e o Judiciário concedeu liberdade provisória para a mulher.

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