Rui Car
09/12/2020 16h14

Movimento quer adiar votação do impeachment de Moisés; Cobalchini faz pedido

A denúncia sobre a compra dos respiradores tem data prevista de análise para a próxima segunda-feira (14)

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Carlos Moisés da Silva, governador de Santa Catarina (Foto: Julio Cavalheiro/Secom)

Carlos Moisés da Silva, governador de Santa Catarina (Foto: Julio Cavalheiro/Secom)

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Um movimento no bastidor busca adiar a votação do segundo processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva. A denúncia sobre a compra dos respiradores tem data prevista de análise para a próxima segunda-feira (14), às 9h. O primeiro sinal de que o movimento está agindo foi o pedido do deputado Valdir Cobalchini (MDB), nesta terça-feira (08), de adiamento da sessão marcada para a semana que vem. A decisão cabe ao presidente do Tribunal do Julgamento, o desembargador Ricardo Roesler, que também presidente o TJ-SC. A tendência é que o pedido seja aceito até o final da semana.

 

Cobalchini apontou a falta dos documentos que estão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o relatório da Polícia Federal (PF) de que Moisés não cometeu crime na compra dos equipamentos. O Tribunal de Julgamento já pediu acesso aos materiais, mas ainda não os recebeu. Por isso, oficialmente, Cobalchini quer o adiamento. Mas esse seria apenas o motivo público para o movimento dos bastidores.

 

A coluna apurou que há uma preocupação que passa por políticos e pelo Judiciário sobre os próximos meses em Santa Catarina. Com a pandemia em alta, há um temor de que eventual nova troca do governo possa gerar a complicação do cenário do coronavírus. O Estado aproxima-se do colapso por conta da ocupação de leitos de UTI.

 

Há um entendimento nos bastidores de que a votação deve ocorrer após o recesso do Judiciário e da Alesc, no começo de 2021. Apesar da mudança de cenário político, que passou a ser favorável a Moisés, ainda há a possibilidade de que ele possa ser afastado novamente já que votam cinco desembargadores e cinco deputados. O afastamento ou permanência do governador no cargo ocorre por maioria simples.

 

Outro fator que pesa nos bastidores foi o tempo em que Daniela Reinehr esteve à frente do governo catarinense. A falta de ações efetivas contra a pandemia durante a sua interinidade, por exemplo, é levada em consideração. Em caso de novo afastamento de Moisés, é Daniela quem assume o governo por até 120 dias.


POR: ÂNDERSON SILVA – NSC


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