Rui Car
26/04/2018 14h51

MST homenageia vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás, em Rio do Campo

Abril é um mês de luta para o movimento

Assistência Familiar Alto Vale
Jornal A Tribuna do Vale

Jornal A Tribuna do Vale

Delta Ativa

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que estão no Acampamento Mariélle Franco, de Serra do Mirador, interior de Rio do Campo, promoveram um ato em memória à morte de trabalhadores rurais ocorrido em Eldorado dos Carajás, no Pará. O grupo colocou 21 cruzes, alusivas aos mortos, em frente ao acampamento.

 

Dia 17 de abril é marcado pelo Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. O acampado Domingos Antonio Garcia Fortuna, que já fez parte da direção do movimento por 10 anos, afirma que a passagem da data, mais o massacre de Eldorado, mobiliza o MST em diversos lugares de Santa Catarina.

 

“Dia 17 é um dia de luta pela reforma agrária e pela morte dos 21 companheiros em Eldorado dos Carajás, em uma reintegração de posse e que até hoje a polícia não foi punida, não foram para a cadeia e os 21 companheiros nossos foram assassinados, na reintegração de posse conturbada, onde houve, covardemente, os assassinatos”, afirma Domingos.

 

O Massacre de Eldorado do Carajás foi a morte de dezenove sem-terra que ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, Brasil decorrente da ação da polícia do estado do Pará.

 

Conforme o acampado, abril é um mês de luta para o movimento: “Tiramos no mês de abril um dia para fazer algumas ações”. Domingos declara também que os atos são para denunciar a falta de punição para os responsáveis pelas mortes. Ele afirma ainda que foram 19 mortos na reintegração e outros dois no hospital.

 

Domingos citou que em Rio Negrinho, outro grupo está promovendo uma manifestação do mesmo gênero, onde cruzes foram colocadas em frente ao Fórum da cidade, para que o Juiz interpelasse ao Supremo Tribunal Federal um documento expondo a cobrança do movimento por punição.

 

O acampado lembrou ainda que a Comissão Pastoral da Terra (CPT), tem dados que revelam que há muitos assassinatos de lideranças do movimento que ainda não tiveram punição. Ele cita ainda que no estado do Pará, a morte de lideranças ainda é frequente “É um processo retroativo, alguns anos ainda da Ditadura Militar”, concluiu. 

Justen Celulares