Rui Car
12/03/2019 16h10 - Atualizado em 12/03/2019 15h03

No Alto Vale, baixa procura por vacina preocupa

A situação é mais preocupante é Petrolândia, com apenas 21,96 % da população vacinada, seguida de Rio do Campo

Assistência Familiar Alto Vale
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A campanha de vacinação contra a febre amarela ainda caminha a passos lentos no Alto Vale. De acordo com um levantamento realizado pela Gerência Regional de Saúde, vários municípios ainda estão com a cobertura vacinal muito baixa. A situação é mais preocupante é Petrolândia, com apenas 21,96 % da população vacinada, seguida de Rio do Campo com 22,20% e Lontras com 28,31%.

 

Conforme a enfermeira responsável pelo setor de imunização, Joseane Verdi Schaade, a campanha ainda deve alcançar uma cota maior, mas para isso a população precisa procurar as Unidades Básicas de Saúde. “As estratégias de vacinação estão sendo feitas. Nós em Rio do Sul, por exemplo, estamos com a cobertura de pouco mais de 60%, mas queremos atingir a meta. A procura foi grande nesse final de semana, mas ainda há muitas pessoas que precisam se vacinar. A população que não está procurando as Unidades Básicas de Saúde eu oriento que procure”, disse.

 

Em relação aos horários diferenciados nas várias cidades do Alto Vale a enfermeira destaca a importância das Secretarias de Saúde ajustarem horários especiais. “Orientamos para que o horário seja estendido, até porque muitas pessoas trabalham em tempo integral e não possuem horário disponível para ir se vacinar”, comenta.

 

Sobre os três municípios com o menor percentual de procura Joseane esclarece que nenhum deles adotou estratégias diferenciadas para que as pessoas procurassem a imunização. “Eram municípios que não tinham feito nenhuma estratégia, acredito que essas ações, vão ajudar a buscar mais pessoas e a divulgação é essencial. Nesse fim de semana, por exemplo, Lontras fez a primeira estratégia para alcançar mais pacientes”, afirma.

 

Já sobre a importância da vacina em toda a região, a enfermeira lembra que Santa Catarina tem um grande risco da chegada do vírus. “Notamos que o mosquito se desloca ao nosso estado e o risco aumenta cada vez mais. A população precisa se precaver , a doença é fatal, o quadro dela é grave e grande parte das pessoas são vão a óbito, por esses motivos precisamos nos conscientizar porque depois pode ser tarde”, orienta.

 

Bons resultados

Ao contrário de Petrolândia, Rio do Campo e Lontras, outras cidades do Alto Vale tem alcançado números melhores em relação a imunização. É o caso de Atalanta que já atingiu 92,70%, seguida de Witmarsum com 87,54% e Vitor Meireles com 77,70%.

 

Já outros municípios seguem tentando vacinar mais pessoas como acontece em Trombudo Central. Segundo a técnica de enfermagem, Ivanir Leal, a cobertura vacinal já atingiu 48%, mesmo assim ela ressalta a importância de adotar estratégias para aumentar a cobertura. “Só no sábado vacinamos em torno de 300 pessoas com nosso Dia D.

 

Estamos com 48% da população vacinada, mas falta em média três mil pessoas. Apesar de a mídia divulgar, infelizmente, as pessoas não buscam se vacinar e acham que com elas isso nunca vai acontecer. É preciso quebrar esse preconceito e buscar sim cuidar da nossa saúde, e tratar ela como prioridade em nossas vidas”, pontua.

 

Outra cidade onde a população está mostrando preocupação em relação à febre amarela é Braço do Trombudo que está com 44,18% do público alvo imunizado. De acordo com a enfermeira responsável pela sala de vacinas, Márcia Vermoelhen a intenção é alcançar a cobertura vacinal estipulada. “A procura pela vacina da febre amarela está grande no município, muitas pessoas estão preocupadas, todos os dias vacinamos bastante gente e aproveitamos para colocar todas as vacinas que ainda não estão, em dia. A mídia é nossa aliada, ajudando a divulgar a importância de se vacinar pois é a única forma de prevenir.”, destaca.

 

Uma das ações que o município adotou foi a opção de oferecer a vacina no programa Saúde do Trabalhador, realizado no dia 23 de fevereiro. “Somente nesse dia aplicamos 111 vacinas das quais 80 foram somente da febre amarela”, relata.

 

Texto e foto: Tatiana Hoeltgebaum – Jornal Diário do Alto Vale

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