Rui Car
29/07/2020 10h39

Número de mortes por Coronavírus em SC pode triplicar em 1 mês, diz Secretário de Saúde

André Motta Ribeiro disse que "fotografia do momento" aponta para "situação extremamente delicada" nas próximas quatro semanas

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Fonte: NSC

Fonte: NSC

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O secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro, afirmou nesta quarta-feira (29) que o número de mortes por coronavírus em Santa Catarina pode triplicar nas próximas quatro semanas caso a transmissão do vírus continue a acelerar. Atualmente, são 960 óbitos pela doença. Seguindo a projeção da secretaria, seriam quase 3 mil mortos no fim do mês de agosto.

 

Em entrevista, Motta disse que o Estado continua registrando aumento da velocidade de transmissão da Covid-19, embora tenha havido uma “discreta melhora” desse índice na última semana. Ele enfatizou que a “fotografia do momento aponta uma situação extremamente delicada para as próximas quatro semanas”, e que medidas restritivas não serão suficientes para conter o vírus se não houver a adesão da sociedade.

 

— Precisamos de uma desaceleração e, para isso, precisamos do engajamento das pessoas (…) Temos uma perspectiva de triplicar o número de óbitos em quatro semanas se não houver uma melhora — declarou.

 

Santa Catarina soma 73,7 mil casos confirmados de coronavírus e 960 mortes pela doença, segundo o boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgado nesta terça-feira (28).

 

Na entrevista, o secretário de Saúde também declarou que o governo pretende ativar 180 novos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) em hospitais catarinenses até, no máximo, o fim desta semana. Motta disse esperar que “isso diminua a tensão sobre o sistema de saúde”.

 

Motta também falou sobre a falta de insumos e medicamentos para pacientes com Covid-19. Ele defendeu que essa é uma realidade observada em todo o país e afirmou que, nos hospitais administrados pelo Estado, “não há problemas de estoque”. O secretário declarou que tem atuado junto ao Ministério da Saúde na tentativa de resolver a situação, mas declarou que o governo não é o único responsável pelo problema, citando o governo federal e as entidades que administram hospitais filantrópicos para afirmar que “a responsabilidade é de todos”.

 

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