O conteúdo da colaboração premiada do executivo da Odebrecht Fernando Reis Cunha é nitroglicerina pura para a política de Santa Catarina. Ele revela que a Odebrecht contribuiu com as campanhas de Raimundo Colombo, Cesar Souza Junior e dois deputados estaduais do PSD com cerca de 11 milhões de reais.
Os primeiros contatos foram mantidos no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, intermediado pelo advogado Ênio Andrade Branco, hoje Diretor da Celesc. Foram transferidos 2 milhões de reais para a campanha de Colombo em 2010. A empreiteira tinha interesse na privatização da Casan.
Outras doações não contabilizadas foram feitas ao esquema político oficial de Santa Catarina, totalizando 11 milhões de reais.
Em 2012, Colombo pediu 3 milhões de reais para a campanha de Cesar Souza Junior como prefeito de Florianópolis.
Em 2014, outro pedido de 5 milhões de reais para a campanha da reeleição. Neste mesmo ano, o secretário Antônio Gavazzoni teria solicitado 550 mil para a campanha de Gelson Merísio e outros para José Nei Ascari, ambos do PSD, partido de Colombo.
Quatro dos relacionados na delação tem os codinomes apontados pelo delator: Raimundo Colombo é o “ovo”, José Carlos Oneda, o tesoureiro da campanha ‘galego”, Gelson Merísio como “cunhado”, e José Nei Ascari “Herdeiro”.
