Onda de assaltos preocupa moradores de Santa Cecília

Em 4 de agosto, uma sexta, às 20h, uma padaria foi assaltada. O criminoso fez todos reféns e tentou atirar, mas a a arma falhou. O roubo foi filmado por câmeras de segurança.

O caso recente que chocou o município foi um latrocínio no interior. Uma idosa de 85 anos ficou cerca de 20 horas amarrada. O filho dela, de 57, foi morto. “Ele me levou meio de arrasto lá para dentro e daí queria dinheiro, queria motosserra e foi pedindo. Um disse para o outro ‘amarre ela! E feche as portas do paio’. Lá eu fiquei. E o meu filho eu não sabia o que fizeram”, relatou a idosa.

Na casa, viviam só ela e o filho. A polícia prendeu quatro homens suspeitos e dois continuam foragidos.

Atualmente, a maior dificuldade é o efetivo da polícia. Na cidade, dois policiais militares trabalham por dia e a delegacia não funciona nos feriados e finais de semana. O flagrante precisa ser feito em Caçador, a 80 quilômetros de distância. Nesse período, a cidade fica sem policial.

“É claro que a gente sabe que a instituição da Polícia Civil também tem problema de efetivo. E isso foi minimizado com a centralização dos atos de flagrantes. Mas é um problema para nós e também para a comunidade daquele município, que fica nesse período à mercê”, afirmou o comandante da Guarnição Especial de Polícia Militar de Curitibanos, tenente-coronel Célio de Oliveira Araújo.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública disse que até o final do ano o efetivo da PM deve aumentar nas cidades mais violentas, com a formação de 930 policiais. No caso da Polícia Civil, um concurso também deve ser realizado este ano para a contratação de delegados e agentes de polícia.

Por enquanto, a PM promete maior presença em Santa Cecília. “Nós vamos intensificar essas operações com a presença da PM, da polícia ostensiva naquele munícipio, para tentar coibir essas atitudes” disse o comandante.