Cartel é um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para, principalmente, fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de mercados de atuação ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em prejuízo do bem-estar do consumidor.
Foram muitas as denúncias, inclusive na Câmara de Vereadores, que em Rio do Sul, os postos de gasolina estariam envolvidos nesta prática. Provocado, o Ministério Público determinou investigações.
Coube à Polícia Civil de Rio do Sul, a investigação desta prática nefasta ao consumidor. A Divisão de Investigações Criminais – DIC – de Rio do Sul, sob o comando do delegado Almiro da Costa, com a participação dos agentes Anderson e Edgar, iniciou a apuração, inclusive com escutas telefônicas autorizadas pela justiça, que culminou com a apreensão de computadores, pen drives e outros documentos.
Volumoso inquérito com centenas de páginas foi formado, composto por documentos apreendidos e transcrições de áudios. Isto ocorreu antes das eleições municipais de outubro.
Inquérito parado
A população rio-sulense recebeu com entusiasmo as investigações e aplaudiu a justiça pelo feito. Porém, veio a decepção, quase quatro meses depois, não se chegou a nenhum resultado prático.
Nesta terça-feira 21, a reportagem do JAV Online, esteve com o delegado Almiro da Costa e com o agente Anderson, buscando informações sobre a “operação cartel”. “Estamos parados por falta de condições para prosseguir”, esclareceram Dr. Almiro e Anderson.
O material coletado foi encaminhado ao Instituto Geral de Perícias (IGP), em Florianópolis. “Aguardamos o retorno do material encaminhado ao IGP para prosseguirmos com a apuração. O material recolhido só será validado após o exame com o exame do Instituto Geral de Perícias”, explicou, o delegado.
Pela demora que geralmente ocorre, Dr. Almiro espera que até junho tenha em mãos os resultados do IGP. “Então poderemos prosseguir. Se houver elementos para indiciamento, se houver indícios, o inquérito será encaminhado ao juiz responsável”, concluiu.
Grampo na Policlínica
Outro inquérito paralisado pelo mesmo motivo, a anuência do IGP, é o de “escutas”, na Policlínica de Rio do Sul (Verdão).
Já está em Florianópolis, o material recolhido com relação ao “grampo” encontrado em dependência do Verdão, nos primeiros dias da atual administração. “Em geral, demora seis meses, quando o material vai para a perícia em Florianópolis o Blumenau, par aprofundar as investigações e só podemos prosseguir após o retorno”, reforça Dr. Almiro.