Rui Car
06/07/2020 17h19

Os bastidores da rejeição da vice-governadora de SC a Araújo Gomes

O coronel era nome certo para a cadeira de secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp)

Assistência Familiar Alto Vale
Fonte: NSC

Fonte: NSC

Delta Ativa

A influência da vice-governadora de SC, Daniela Reinehr, para que o ex-comandante-geral da PM-SC Araújo Gomes não assumisse cargo em Brasília tem um bastidor da relação entre ambos. O coronel era nome certo para a cadeira de secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp). Mas a interferência de Daniela pesou para que outro nome fosse escolhido.

 

Segundo fontes, a rejeição da vice-governadora passa por decisões do coronel sobre pedidos dela para mudanças na equipe de segurança do seu gabinete. Como resposta, Araújo dizia que as transferências poderiam desfalcar unidades da PM. Isso causou reações internas da vice-governadora. Além disso, os bolsonaristas não gostaram de algumas das ações do coronel durante o comando da PM. Pesou também o distanciamento do governador Carlos Moisés de Bolsonaro.

 

Assim que decidiu deixar o comando da corporação para assumir a Senasp, Araújo contava com um apoio forte no Congresso Nacional. O mesmo ocorria entre militares estaduais de renome. Mas a rejeição entre o núcleo bolsonarista aumentou gradativamente, inclusive com participação da vice-governadora.

 

Os políticos catarinenses mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro levaram a indicação do também coronel da reserva da PM Nazareno Marcineiro para assumir a função. Ao mesmo tempo, nos bastidores, continuava o desgaste do nome de Araújo. O desgaste foi tanto que a noemação dada como certa acabou não ocorrendo.

Justen Celulares