O primeiro turno das eleições municipais 2020 trouxe resultados distintos para os 15 partidos que comandarão pelo menos uma prefeitura a partir de 2021. O MDB elegeu prefeitos em 96 cidades catarinenses. A exemplo de eleições anteriores, é o partido com maior número de prefeituras. Em segundo lugar, está o PP, com 52. Logo atrás vêm PSD (42), PSDB (32) e PL (27). Mas, desses cinco primeiros, apenas o PP e o PL conseguiram ampliar o número de municípios conquistados em relação à eleição de 2016.
A desidratação dos maiores abriu espaço para novas siglas conquistarem algumas prefeituras. É o caso de PSL (13 cidades), Republicanos (2), Podemos (2), PSC (1), Patriota (1) e pode ser o caso do NOVO, se vencer o segundo turno em Joinville.
O partido que mais perdeu prefeituras em relação às eleições de 2016 foi o PSD. Foram conquistadas 18 a menos neste pleito. Ainda assim, o partido do ex-governador Raimundo Colombo conquistou cidades importantes, como Itapema, São José, Chapecó, Palhoça, Lages e Rio do Sul. E pode acrescentar mais uma prefeitura à lista, justamente a maior delas, caso vença o segundo turno em Joinville.
PT e PSB perderam, cada um, 9 cidades, tornando a representatividade da centro-esquerda mais fraca no Estado. O Partido dos Trabalhadores encolheu o domínio de 20 para 11 prefeituras. Restaram 8 pequenos municípios no Oeste, um na Grande Florianópolis e outro no Sul. Já o PSB teve a redução mais drástica, saindo de 10 e ficando com apenas um: Imbituba, no Litoral Sul. A principal perda foi Balneário Camboriú, porque o candidato do partido em 2016, Fabricio Oliveira, se reelegeu, mas agora sob a sigla do Podemos.
Na outra ponta, os que mais cresceram nestas eleições foram o PL, com mais 15 prefeituras, e o PSL, que registrou 13. O Partido Liberal ainda pode confirmar mais uma na conta, Anita Garibaldi, na Serra, caso João Cidinei da Silva obtenha o deferimento da candidatura na Justiça Eleitoral. Já a sigla que elegeu o presidente Jair Bolsonaro e o governador Carlos Moisés da Silva ficou aquém do que se esperava da onda bolsonarista que varreu o Estado em 2018, mas se destacou porque teve saldo positivo, já que em 2016 havia ficado no zero.
POR: CRISTIAN EDELWEISS / DIÁRIO CATARINENSE – NSC