Rui Car
02/05/2018 09h05 - Atualizado em 02/05/2018 08h54

Pastor que atuou em Taió fala no Jornal Nacional sobre tragédia em prédio de SP

Em oito segundos, prédio desaba e leva moradores ao desespero

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O edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no centro de São Paulo, nesta terça, foi construído em 1961, e acolheu uma empresa de vidros. Depois, foi entregue à União por causa de dívidas. Virousede da Polícia Federal, até ser desocupado em 2001 de suas funções comerciais. Abandonado, tornou-se alvo de famílias carentes, e de ações de reintegração de posse. É com esse histórico que a prefeitura e Ministério Público de São Paulo buscam as causas e responsabilidades pelo desabamento do edifício nesta terça. O prédio chegou a ser cedido à prefeitura paulistana, que depois veio a devolvê-lo à União, e depois retornou novamente à prefeitura. Atualmente, seu status era “cedido temporariamente” à prefeitura, que buscava há um ano, junto com o Governo federal, uma solução conjunta para retirar as famílias que moravam ali, explicou o prefeito Bruno Covas em coletiva de imprensa. Mas não deu tempo. Haviam 372 pessoas vivendo ali. Dessas, 328 confirmaram que saíram com vida.  Ao menos um, que estava sendo resgatado pelos bombeiros por uma corda, caiu junto com o prédio. Há 44 cujo paradeiro é desconhecido. Não se sabe se estavam no interior do edifício. 

 

Em entrevista à Rede Globo, o pastor da igreja luterana, Frederico Carlos Ludwig, que já atuou em Taió, criticou as más condições do local. “Sempre se falou do risco que esse prédio corria, e precisou acontecer uma desgraça”, disse ele, que mantinha uma convivência com os moradores. Ludwig relatou problemas que vão desde fiações expostas a esgoto aberto, que davam a sensação de vulnerabilidade do local. O prédio de mais de 20 andares abrigava cerca de 150 famílias de um movimento de moradia e quase todas foram retiradas logo após o incêndio. Um homem, que era resgatado quando o prédio desabou, está desaparecido. Ainda não foram confirmadas outras vítimas. Outros cinco prédios próximos ao edifício Wilson Paes de Almeida foram interditados por terem sido impactados com a queda. O prefeito Covas informou que a Defesa Civil fará um mapeamento de outros edifícios ocupados irregularmente no centro da cidade que estejam em situação limite.

 

Veja a reportagem do Jornal Nacional com a participação do pastor, clicando AQUI

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