Rui Car
22/10/2020 09h23

Pesquisa mostra que mais de 400 mil catarinenses estão com sobrepeso ou obesidade

Um em cada quatro adultos do país estava obeso em 2019, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Freepik

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Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que mais de 409 mil catarinenses estão com obesidade ou sobrepeso. Conforme os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, do Ministério da Saúde, são 142.462 adultos com sobrepeso, 88.176 com obesidade Grau I, 36.144 com obesidade Grau II e 18.394 com obesidade Grau III.

 

Diante dos números, a nutricionista Ana Paula Machado alerta para os riscos. “Além da obesidade ser um fator de risco para a COVID-19, ainda temos diversas complicações e doenças que são decorrentes, como problemas cardíacos, artrite, artrose, diabetes, entre outros”, explica a profissional. Segundo ela, são diversos fatores que levam ao sobrepeso, nem todos relacionados à alimentação e hábitos de vida, mas ainda assim é necessário o cuidado com a saúde. “Nós temos fatores genéticos e endócrinos que podem ocasionar obesidade, mas a maioria dos casos é por má alimentação, hábitos ruins e sedentarismo. Nestes casos, podemos reverter com exercícios físicos e mudanças de hábitos”, comenta ela.

 

Ainda conforme a profissional, o isolamento social por causa da pandemia piorou alguns índices, mas o desafio é retomar a vida sadável ou mudar assim que for possível. “Com a ansiedade causada pela pandemia, muitos acabaram descontando na comida. Além disso, também pararam de fazer exercícios físicos. Há inclusive pesquisas que indicam que isso ocorreu em todos os lugares, mas precisamos retomar hábitos saudáveis”, comenta Ana Paula. Em relação à alimentação, ela sugere diversificar os alimentos, com muitas cores, frutas e verduras.

 

Além disso, apostar em frutas da estação, que são mais baratas e tem menos agrotóxicos. “Vale a pena escolher muitos tipos de alimentos e experimentar novos sabores. Às vezes temos a impressão de que alimentação saudável é sem graça, mas podemos diversificar, encontrar novas opções que agradem o paladar. É possível ser prazeroso”, diz.

 

O publicitário Thiago Loch é um exemplo de como é possível mudar essa realidade. Em 2018 ele fez a cirurgia bariátrica e mudou os hábitos. Em três anos, ele passou do manequim 48 para o 36. Ele recuperou a autoestima, o fôlego e principalmente os resultados de exames perfeitos. “Eu até fazia exercícios físicos, mas me alimentava muito mal e não me preocupava com a saúde. Aí, com 30 anos, me tornei padrinho do meu sobrinho e isso despertou a vontade de mudar. Comecei a pensar nos anos seguintes e em como estaria sem saúde e disposição. Os resultados dos exames foram péssimos e consegui com isso a cirurgia pelo plano de saúde”, comenta ele, que depois disso conseguiu não apenas emagrecer, mas também melhorar os índices dos exames. “Hoje eu substitui aqueles ‘vícios’ de comida por outros saudáveis, como exercícios físicos. Tenho muito mais disposição e também estou muito mais feliz comigo mesmo”, finaliza ele.

 

FONTE: SCC10

 
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