Rui Car
13/04/2024 10h15

Pesquisadora explica aumento no preço da cebola

Alta da hortaliça nas feiras e supermercados chegou a 14,34% em março

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Foto: MB Comunicação

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cebola foi o alimento que mais subiu de preço no grupo alimentação e bebidas em março, de acordo de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesta semana, o órgão informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, subiu 0,16%.

 

O grupo de Aliemntos e Bebidas subiu 0,53% no último mês. A cebola aumentou 14,34% ao consumidor. Em fevereiro, já tinha subido 7,37%.

 

A pesquisadora Renata Bezerra Meneses, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), explica que a quebra da safra na região Sul do Brasil é a principal causa. “O valor não está alto somente agora. Podemos dizer que Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, Estados que abastecem o país nesse período, tiveram prejuízos pelas questões climáticas em decorrência do El Niño no fim do ano passado”, afirma.

 

Em março de 2024, a redução média da oferta foi de 39,4% em comparação com o mesmo mês de 2023, informa a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

 

O excesso de chuvas prejudicou as lavouras, com consequências sobre o desenvolvimento e a qualidade dos bulbos plantados nos últimos meses de 2023. Sem cebola para preencher os estoques, o mercado viu a oferta diminuir, enquanto os preços subiram com a procura dos consumidores.

 

Segundo a Ceagesp, o aumento poderia ser ainda maior. Isso só não aconteceu pela entrada de cebola importada, especialmente da Argentina.

 

Os preços vão baixar?

 

No geral, a redução acontece com a recuperação da oferta. E, de acordo com a pesquisadora do Cepea, o mercado está indicando que isso vai ocorrer com o início da colheita em outros Estados.

 

O Nordeste teve um excessivo volume de chuvas no mês de março e começo de abril, mas agora vai ter um clima um pouco mais favorável. Além disso, as regiões do Cerrado, em Goiás e Minas Gerais, devem começar a colher também. Isso vai dar uma ajustada na oferta nacional, assim como em São Paulo, que terá colheita entre maio e junho”, conclui.

 

Fonte: Daniela Walzburiech / Globo Rural
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