Rui Car
21/02/2020 13h48

PM acusado de matar esposa policial civil em SC é condenado a mais de 20 anos de prisão

Luis Fernando Palhano Lopes, de 53 anos, foi considerado culpado pelos crimes de feminicídio, assassinato por motivo torpe e surpresa, e ocultação de cadáver.

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 Foto: Reprodução/NSC TV

Foto: Reprodução/NSC TV

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O policial militar da reserva Luis Fernando Palhano Lopes, de 53 anos, foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pela morte da esposa policial civil Karla Silva de Sá Lopes após júri realizado quinta-feira (20), em Itapema, no Litoral Norte catarinense. A defesa do PM afirmou que vai recorrer da decisão.

 

O julgamento terminou por volta das 23h e teve aproximadamente 14 horas de duração. O réu foi condenado pelos crimes de feminicídio, assassinato por motivo torpe e surpresa, e ocultação de cadáver. O caso tramitou em segredo de Justiça.

 

O advogado Luiz Eduardo Cleto Righetto, que representa a defesa de Lopes, afirma que irá recorrer à sentença. A defesa nega as acusações e alega ausência de provas.

 

A pena será cumprida no 12º Batalhão da Polícia Militar, em Balneário Camboriú, onde o policial militar está preso desde o dia 8 de dezembro de 2017.

O caso

 

O corpo de Karla foi encontrado no dia 7 de dezembro de 2017 enterrado na praia de Taquaras. Um dia antes, o policial militar teria relatado o desaparecimento da vítima à Polícia Civil. O casal ficou junto por dez anos.

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o réu teria atirado em direção à cabeça da esposa, na madrugada do dia 6 de dezembro de 2017, motivado por ciúmes e sentimento de posse em relação à mulher. O casal estava em casa quando o crime teria acontecido.

 

Segundo o MPSC, o policial militar da reserva teria enterrado o corpo na areia da Praia de Taquaras, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte.

 

O policial militar foi preso no dia 8 de dezembro. O réu teria confessado o crime ao comandante do Batalhão da PM em Itapema, Geraldo Rodrigues, e entregue ao militar um mapa do local onde havia enterrado a vítima. A confissão teria ocorrido de maneira informal na casa do policial.

 

A defesa argumenta que o réu não matou a mulher e afirma que ela teria saído para caminhar e não voltado mais. O advogado de defesa do policial também nega que ele tenha confessado o crime.

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