A guarnição da Polícia Militar Ambiental de Rio do Sul, localizou um grande desmatamento na localidade denominada Fazenda Parolim, Município de Santa Terezinha. Ainda, na mesma propriedade, havia uma família em situação análoga a trabalho escravo.
Foram constatadas quatro hectares de vegetação nativa derrubada. Durante a verificação, chamou a atenção da guarnição da PMA, uma carroceria baú que aparentemente estaria sendo habitada. A guarnição verificou que no referido baú estava vivendo uma família (casal e criança de dois anos) em condições sub-humanas, pois no local não havia água, banheiro, fogão, nem qualquer outro item para condições dignas de viver.
Em conversa com o casal que ali residia, obteve-se a informação que os alimentos dentro do baú eram de doações dos vizinhos locais. Eles foram contratados por um posseiro das terras, para cuidar da propriedade. Aceitaram a proposta de trabalho, pois na cidade de origem, Santa Cecília, não conseguiam ingressar no mercado de trabalho e viram nisso a esperança de obter novas rendas. O pagamento pelos trabalhos realizados seria em troca de alimentação (o qual nunca receberam) e de uma cabeça de gado por ano, quando o posseiro viesse a colocar gado no local. Ainda, em breve relato, os envolvidos afirmaram que tinham somente dois cobertores e durante as noites, por vezes, não dormiam por conta do clima frio.
Diante dos fatos, a guarnição da PMA entrou em contato com a prefeitura de Santa Terezinha, que por meio da Assistência Social, prontificou-se a encontrar uma solução para o caso. A guarnição da Polícia Militar do município também foi contactada e esteve no local para confeccionar o Boletim de Ocorrência. O Ministério Público Federal também foi cientificado da situação.
Com esforço de todos os envolvidos, ao final do dia, a família encontrava-se instalada em um hotel da cidade, sendo acompanhada e amparada pela assistência social do município, a qual estava articulando todos os auxílios legais a serem repassados a família.
