Rui Car
03/12/2020 16h34

Polícia prende nove suspeitos de assalto a banco em Criciúma

Oito foram encontrados no Rio Grande do Sul e uma mulher foi detida em São Paulo

Assistência Familiar Alto Vale
Prisões ocorreram no RS, mas suspeitos foram conduzidas à DP de Araranguá (Foto: Guilherme Hahn)

Prisões ocorreram no RS, mas suspeitos foram conduzidas à DP de Araranguá (Foto: Guilherme Hahn)

Delta Ativa

Nove suspeitos do assalto a banco em Criciúma foram presos pela polícia. Dois deles foram detidos no final da manhã desta quinta-feira (03) em Gramado. As prisões foram anunciadas durante coletiva de imprensa das autoridades policiais do Rio Grande do Sul. 

 

Com informações da inteligência, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma casa no município de Gramado alugada por aplicativo e prendeu um suspeito de Minas Gerais. A identidade está sendo confirmada pelas autoridades, que adiantam que o suspeito pode ter alguma ligação com facções criminosas.

 

Nessa mesma ação, os policiais que estavam fazendo o perímetro da área prenderam um homem que fugiu para o mato. Não há mais informações sobre o indivíduo.

 

Mais cedo, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) com apoio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul prendeu um suspeito em uma casa de Morrinhos do Sul, município gaúcho, localizado a 125 km de Criciúma. Informalmente, o indivíduo falou ao BOPE que ganhou R$ 5.000 para ir à casa fazer a queima dos objetos.

 

A polícia informou que o local deve ter sido utilizado como transição de fuga pelos assaltantes. Na casa foram encontrados vários vestígios que indicam participação no roubo ao Banco do Brasil, como roupas com sangue, acionador para explosivos, oito telefones celulares e um veículo furgão. 

 

Outros cinco suspeitos por envolvimento no assalto a banco em Criciúma foram presos na tarde de quarta-feira (2). Três deles foram detidos entre Torres/RS e Passo de Torres/SC e dois foram presos em um viaduto da BR-116 em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre. 

 

Delegacia é escoltada por viaturas das policiais Civil e Militar

Delegacia é escoltada por viaturas das policiais Civil e Militar (Foto: Reprodução/Bárbara Barbosa)

Os três suspeitos presos na divisa entre os estados foram conduzidos até a delegacia de polícia de Araranguá, próxima a Criciúma, e a investigação está sendo feita pelas autoridades catarinenses. Com esses indivíduos foram encontrados R$ 49.000. Um deles foi identificado por testemunhas, que afirmam sua participação no aluguel da casa em Morrinhos do Sul.

 

Os homens presos em São Leopoldo foram levados ao Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil, na capital gaúcha. Eles foram detidos depois de uma interceptação, realizada pela Polícia Rodoviária Federal, de um veículo HB20. Os suspeitos têm 30 e 44 anos e, segundo documento de identificação, são naturais de São Paulo. Com eles foram encontrados a quantia de R$ 8.100.

 

As investigações da polícia indicam que o veículo da marca Hyundai foi usado como batedor e trouxe os demais carros usados no assalto. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul lavrou o flagrante por participação em organização criminosa e coautoria no roubo de Criciúma. Os suspeitos chamaram seus defensores e preferiram ficar em silêncio. Na manhã desta quinta (03), os presos foram conduzidos para Santa Catarina. O judiciário catarinense ainda não decretou a prisão preventiva desses dois suspeitos.

 

A investigação está sendo feita pelas autoridades policiais de Santa Cataria com apoio de forças do Rio Grande do Sul. Os esforços são da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Brigada Militar, Gaeco e IGP. 

 

Além dos oito suspeitos encontrados no Rio grande do Sul, uma mulher com munições de fuzil e detonadores de explosivos foi presa em São Paulo, após uma denúncia. Com as informações recebidas, agentes do 25º Distrito Policial foram até uma casa no bairro Jardim Reimberg onde encontraram os cartuchos de fuzil calibre 7,62 mm – cartucho também utilizado no assalto – carregadores de pistola calibre 9mm, cocaína, 10 telefones celulares, um porta fuzil e uma caixa com espoletas para acionar os explosivos. A polícia investiga o caso para estabelecer relações com o assalto em Criciúma. 

 

Galpão usado pelos assaltantes

 

A polícia também encontrou um galpão utilizado pelos assaltantes na madrugada do crime em Içara, cidade localizada a 9km de Criciúma. Segundo a PM, o local foi utilizado para pintar os carros usados pelos criminosos no assalto. A suspeita é de que os assaltantes saíram do galpão em direção ao 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) em Criciúma. O Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve no local para fazer a perícia.

 

Como foi o assalto

 

Conforme a polícia, cerca de 30 homens encapuzados atuaram no assalto à agência bancária. A ação teve início no fim da noite de segunda (30), por volta das 23h50min, e se estendeu ao longo da madrugada de terça.

 

Os criminosos provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos à cidade, atiraram contra o BPM e usaram pessoas como escudos – a polícia estima que entre 10 e 15 pessoas foram feitas reféns, seis delas funcionários do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma que pintavam faixas nas ruas da cidade.

 

Desde então, esforços policiais e da perícia levam a investigação em direção aos suspeitos. O andamento das investigações do grande assalto já apontou que os bandidos teriam ficado ao menos três meses na cidade organizando o crime, chegou ao galpão utilizado pelos criminosos em Içara, à suposta identificação de um dos envolvidos e à prisão de nove suspeitos.


POR: CLARISSA BATTISTELLA E MARIA EDUARDA DALPONTE / DIÁRIO CATARINENSE – NSC


Participe de um dos nossos grupos no WhatsApp e receba diariamente as principais notícias do Portal da Educadora. É só clicar aqui.

Justen Celulares